DE “POEIRINHA” EM PARINTINS A DIRETOR DE GALPÃO EM ESCOLA DE SAMBA DE SÃO PAULO
Trabalhando
pelo segundo ano consecutivo na Escola de Samba Águia de Ouro, de São Paulo, o
artista plástico parintinense Diego Pantoja foi surpreendido pelo presidente da
escola de Samba Paulista, Sidnei Carriuolo, como o responsável da pastelação,
forração e decoração dos cinco carros alegóricos para o desfile desse ano, além
da nomeação de diretor de galpão da escola. “Estou muito feliz. Confesso que
não esperava. Esse ano vou fazer os trabalhos de revestimento e acabamento nos
cinco carros, assim como ser o novo diretor de barracão”, afirmou Diego
Pantoja.
Pantoja
iniciou na escola ano passado comando uma equipe de 12 pessoas nos trabalhos na
mesma função só que em três dos cinco carros alegóricos. “Esse ano vou comandar
uma equipe de no máximo 20 parintinenses na construção e acabamentos dos carros
alegóricos”, informou.
Início da Carreira artística
Diego
iniciou sua carreira artística em Parintins, no ano de 2005, no galpão do Boi
Garantido como “poeirinha”, responsável da limpeza do barracãO, em seguida foi
pastelador, depois revestidor, me tornando até responsável pelo acabamento das
alegorias do seu Jair Mendes por dois anos. Em seguida trabalhei com Ozeás.
“Quando comecei a trabalhar nessa área foi muito criticado. Quando iniciei teve
um dos artistas considerados de Ponta que me disse: Pantoja procura outra área
que nessa você não tem futuro. Na minha primeira oportunidade que tive para
trabalhar no Caprichoso eu aproveitei. Eu vim na época por amor ai Boi, sem
ganhar nada. Hoje eu digo para esse artista que eu não vou dizer o nome, um
muito obrigado, porque aquelas palavras me serviram de motivação para eu me
dedicar ainda mais. E hoje eu digo que tenho futuro sim dentro da arte”,
manifestou.
Em São Paulo
Ele
teve a oportunidade de ir trabalhar em São Paulo em 2009, até chegar a Águia de
Ouro, o artista plástico parintinense trabalhou como ajudante nas escolas X-9
Paulistana, Via-Vai e Leandro de Itaquera. “No primeiro ano que fui para São
Paulo, eu trabalhava em uma escola e durante a madrugada eu fugia para fazer
bicos escondido em outra, meus amigos pensavam até que eu tinha uma namorada.
Saia toda noite e através
desse
carnavalesco que eu ajudei escondido que hoje é carnavalesco da Águia de Ouro
foi quem me apontou”, destacou.
Reconhecimento
“Aqui
em Parintins somos muitos. Tem pessoas que começaram ontem e já estão na nossa
frente devido à politicagem, mas eu não perco a esperança de um dia ser
reconhecido na minha cidade. Aqui em Parintins, sou um mero desconhecido
artisticamente, sendo conhecido somente pelos meus amigos e pelas pessoas que
trabalham comigo”, disparou o parintinense. Longe da nossa cidade, somos
valorizados e queridos por sermos primeiramente parintinenses”, disse o artista
plástico.
Fonte/Foto: Kedson Silva - JI
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