ONZE MUNICÍPIOS DO AMAZONAS ESTÃO EM ALERTA POR CAUSA DA ESTIAGEM
Calhas
dos rios Purus e Juruá estão com níveis próximos às mínimas históricas.
Prefeituras já realizam ações para minimizar impacto
A Defesa Civil do Amazonas emitiu nesta sexta-feira (5)
"Estado de Alerta" para 11 municípios das calhas dos rios Juruá e
Purus. As cidades estão em processo natural de vazante, mas com níveis
históricos próximos às mínimas de estiagem. A condição já ocasiona aos cidadãos.
A medida serve para que as prefeituras tomem medidas para minimizar o impacto
da situação. Ainda não há prejuízos significativos que justifiquem decretos de
Situação de Emergência.
O Estado de Alerta é o segundo estágio de um desastre, que pode
evoluir para uma Situação de Emergência. O primeiro é o Estado de Atenção. Os
municípios afetados são Boca do Acre, Pauiní, Lábrea, Canutama e Tapauá, na
calha do Purus; e Guajará, Ipixuna, Envira, Eirunepé, Itamarati e Carauari, na
calha do Juruá. Permanecem em Atenção Beruri e Juruá.
"Nessa fase, estamos realizando as orientações às prefeituras
quanto aos procedimentos preparatórios de resposta para um possível agravamento
do desastre natural. Isso envolve o levantamento de dados sobre as necessidades
específicas da população que pode ser afetada, bem como o levantamento de ações
governamentais, estadual e federal", explica o secretário-executivo do
órgão, coronel Fernando Pires Junior.
Na análise do Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do
Estado (CEMOA), o situação hidrológica das calhas teve agravamento por causa da
falta de chuvas nestas regiões nos últimos seis meses. O CEMOA também conta com
a colaboração de órgãos oficiais como Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam),
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Centro de Previsão do Tempo e
Estudos Climáticos (CPTEC).
Situação
atual
No município de Guajará, que é referência para os demais
municípios da calha do Juruá, o nível do rio nesta sexta-feira (5) é de 2,55
metros (m). A maior estiagem registrada foi em 1995 quando chegou a 2,20 m. A
comparação dos dados mostra que faltam 35 centímetros para atingir a cota
histórica de estiagem.
Ainda na calha do Juruá, em Ipixuna, a Defesa Civil Municipal,
informou oficialmente a Defesa Civil do Estado, que 215 famílias de 17
comunidades próximas a rios secundários, estavam com dificuldades de navegação.
O órgão municipal já realizou o trabalho de remoção de troncos de madeira para
o restabelecimento do tráfego. Outras comunidades próximas aos rios Liberdade,
Açaituba e Gregório apresentam dificuldades de navegação, mas sem isolamento.
Em Boca do Acre, município de referência na calha do Purus, a
marca histórica da vazante foi em 1998, quando o nível do rio chegou a 3,49 m.
Para alcançar o mesmo registro de 18 anos atrás, falta um metro, nesta
sexta-feira (5) o nível está em 4,49 m.
Fonte/Foto:
Portal Amazônia/ Divulgação - Defesa Civil do Amazonas

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