DESTINOS: PORTA DE ENTRADA PARA A AMAZÔNIA, BELÉM ESBANJA PARQUES ECOLÓGICOS E CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS
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| Donos de comércio, chefs de cozinha e cozinheiros atentos vão ao Ver-O-Peso em Belém do Pará pouco depois das duas horas da manhã, que é quando chegam os primeiros barcos com os peixes. |
Uma
grande quantidade de edifícios em meio a rios, ilhotas e uma densa paisagem de
mata amazônica: essa é a visão que se tem sobrevoando a maior metrópole e a
segunda cidade mais populosa da região Norte. Sem dúvida, Belém é Amazônia, sim
senhor. E sabendo-se Amazônia, fez vários investimentos nos últimos dez anos
para receber uma leva de turistas brasileiros e estrangeiros interessados em
conhecer a diversidade dos ecossistemas da região.
Situada
na linha do Equador, Belém é quente e bastante úmida por conta das chuvas que
caem quase todos os dias. Não é exagero a velha lenda que diz que o cidadão de
Belém marca encontros com a referência de horário sendo "depois da
chuva".
Principal
via de entrada para a floresta amazônica por conta de sua posição geográfica, a
região metropolitana de Belém é formada por cinco municípios. Situada às
margens do rio Guamá, na foz do rio Amazonas, a cidade nasceu no Forte do
Presépio em 1616 por conta dos esforços das forças luso-espanholas em
conquistar a região --sim, luso-espanholas, pois Portugal nessa época estava
sobre poder de Felipe 2º, rei da Espanha. Ali habitavam os tupinambás, que até
chegaram a resistir com um "exército" de 10 mil índios e um líder:
Guamiaba. Mas com sua morte em uma das batalhas, os tupinambás fugiram da
região costeira, indo para o interior da Amazônia.
A
capital paraense foi também sede de uma forte comunidade jesuítica, até o
Marquês de Pombal conseguir expulsá-los, em meados do século 18. Talvez a
consciência religiosa de Belém venha já daí. A festa do Círio, o maior atrativo
de pessoas à cidade e que acontece na segunda semana de outubro é a maior prova
da fé característica do povo belenense, quando milhares de pessoas saem às ruas
para pagar ou fazer promessas para a Virgem de Nazaré.
Por
estar distante dos núcleos de decisões do Nordeste e Sudeste brasileiros e por
ter uma ligação mais forte com Portugal, a província do Grão-Pará só veio
reconhecer a independência do Brasil um ano depois, em 15 de agosto de 1823.
Foi palco também da Cabanagem, movimento de cunho altamente popular que
conseguiu derrubar o governo local, durante os anos de 1835 e 1840.
Mas
a época mais importante em termos econômicos para Belém foi o ciclo da
borracha, no final do século 19 e início do 20. Com o dinheiro que vinha da
matéria-prima, a capital do Pará passou a importar costumes, mão-de-obra e
investimentos estrangeiros. Famílias de franceses, portugueses e japoneses
vieram residir na cidade, trazendo um pouco dos costumes da Belle Époque: a
cidade passou a ser conhecida como Paris n’América. Datam dessa época diversas
construções famosas, como o Theatro da Paz (1878), o Palácio Antônio Lemos e o
Mercado Ver-o-Peso.
São
esses edifícios alguns dos pontos que dão vida e atraem turistas, hoje em dia,
ao centro histórico da cidade, localizado nos bairros de Cidade Velha e
Campina. Para o viajante apaixonado por arquitetura, vale se hospedar próximo
da região, que também oferece opções gastronômicas e de diversão interessantes.
Fonte/Foto: viagem.uol.com.br/Daniel Ribeiro


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