ESTADO ISLÂMICO: PRESO EM MANAUS POR PLANEJAR ATO TERRORISTA DO ESTADO ISLÂMICO TRABALHAVA NO CIOPS
Convertido ao islamismo recentemente, Ali Oziris Lundi foi
desligado há três meses do setor de suporte técnico do Centro Integrado de
Operações de Segurança (Ciops), órgão da SSP-AM
Ali
Oziris Lundi é o nome do homem preso ontem em Manaus, pela Polícia Federal,
como suspeito de planejar atentados terroristas do Estado Islâmico durante os
Jogos Olímpicos do Rio 2016. Ele e mais nove pessoas foram detidas durante a
Operação Hashtag, deflagrada em outros nove estados brasileiros, além do
Amazonas.
Convertido
ao islamismo recentemente, Ali Oziris Lundi trabalhava no setor de suporte
técnico do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), órgão da
Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). O suspeito pediu demissão há três
meses, tempo da investigação. Segundo colegas, ele fazia rituais muçulmanos
dentro do Ciops.
Informações
dão conta de que Ali Oziris Lundi teria entrado em contato com o Estado
Islâmico pelo Facebook e jurado fidelidade ao islã. O secretário de Segurança
Pública, Sérgio Fontes, já tinha conhecimento das ações do homem. O suspeito
foi ouvido na sede da Polícia Federal, em Manaus.
Operação da PF
“De
simples comentários sobre o Estado Islâmico, eles passaram para atos
preparatórios. A partir disso foi feita prontamente a atuação do governo
federal”, disse o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, em Brasília. Segundo
Moraes, o EI teria pedido para que os dez suspeitos treinassem luta e manuseio
de armas, que seriam adquiridas no Paraguai.
Para
Moares, o grupo de brasileiros ligado ao EI era “amador”. Em todo o País, a
Operação Hashtag teve o objetivo de desarticular o grupo envolvido na promoção
do Estado Islâmico e na execução de atos preparatórios para a realização de
atentados terroristas e outras ações criminosas. É a primeira operação policial
após a publicação da Lei 13.260/2016.
Cerca
de 130 policiais cumpriram mandados judiciais expedidos pela 14ª Vara Federal
de Curitiba, sendo dez prisões temporárias, duas conduções coercitivas e 19
buscas e apreensões, nos estados do Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
As investigações
As
investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de redes sociais
pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal (DAT). Os envolvidos
participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam
adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no exterior. Uma
ONG com atuação na área humanitária e educacional também é investigada por
participação no caso.
Os
investigados responderão individualmente, na medida de suas participações,
pelos crimes de promoção de organização terrorista e realização de atos
preparatórios de terrorismo, ambos previstos na Lei 13.260/2016. A pena para o
primeiro crime é de cinco a oito anos de prisão, além do pagamento de multa.
Para quem executa atos preparatórios, a pena varia de três a 15 anos de prisão.
Fonte/Foto: Joana Queiroz – A Critica/Reprodução
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