‘ENCONTRO DAS ÁGUAS’ É ELEITO O LUGAR QUE É A ‘CARA’ DE SANTARÉM-PA
Fenômeno ocorre em frente a cidade de Santarém |
Biólogo explica porque Tapajós e Amazonas não se misturam.
Enquete foi organizada pelo G1 em comemoração aos 355 anos de
Santarém.
O
encontro dos rios Tapajós e Amazonas foi escolhido pelos internautas como o
lugar que é a “cara” de Santarém, no oeste do Pará. O local, que é ponto
turístico do município foi uma das opções da enquete organizada pelo G1
Santarém, em homenagem ao aniversário de 355 anos do município, comemorado
nesta quarta-feira (22). A votação ocorreu de 13 a 19 de junho e o lugar
recebeu 72% dos votos.
Reconhecido
em 2014 como patrimônio cultural do estado do Pará, é uma das belezas naturais
de Santarém que mais chamam atenção. Por uma longa extensão de água, perto da
orla da cidade, os rios Tapajós de água azul-esverdeada encontra com o rio
Amazonas de águas barrentas, se tocam, mas não se misturam possibilitando um
dos fenômenos naturais mais incríveis.
Em
entrevista ao G1 o biólogo e mestre na FIT/Unama, Jocireudo Aguiar explicou que
as águas não se misturam por causa da densidade, temperatura e velocidade das
águas. “O rio Amazonas tem essa coloração barrenta porque ele nasce em uma
região de altitude, nos Andes peruanos, e então ele sai arrastando argila,
areia. Já o rio Tapajós do ponto de vista geológico é um mais antigo do que o
Amazonas. Ele não tem muito sedimento para estar arrastando por isso ele é
límpido e transparente. As águas do rio Amazonas tem um peso maior do que a do
rio Tapajós e isso influencia, além da temperatura. Outro fator é a velocidade.
Na época de vazante do Tapajós, o Amazonas avança e esse encontro fica bem mais próximo de Santarém. É interessante que
a extensão de diferença de tonalidade se arrasta por uma área de mais ou menos
quatro quilômetros até eles se misturarem num local mais a frente”.
Segundo
a historiadora Terezinha Amorim, não há registros sobre como surgiu o fenômeno,
mas nem sempre os rios foram unidos, pois eram separados por um pedaço de
terra, conhecido como Ponta Negra, que fica em frente à cidade. Com o tempo, o
fenômeno das terras caídas - quando a correnteza do rio bate com força nas
margens e destrói o solo, provocando deslizamentos de terra – fez com que a o
rio arrastasse uma parte da Ponta Negra fazendo os rios se aproximarem.
A
paisagem já foi retratada em poemas e letras de músicas de artistas santarenos.
Passeio
Para
fazer um passeio até o local é preciso contratar uma lancha no Terminal Fluvial
Turístico (TFT), localizado na Avenida Tapajós. Os guias oferecem pacotes com
duração de 1 hora, no valor de R$ 30 por pessoa e de 2 horas no valor de R$ 60
por pessoa. “O pacote de uma hora contempla além do encontro das águas, a Ilha
de Ponta negra, igarapé dos padres e frente da cidade. O de duas horas vai para
o Lago do Maicá, encontro das águas, passa em frente a uma comunidade
ribeirinha. Nessa época podemos ir à floresta alagada observar observar algumas
espécies de pássaros e outros animais”, explicou o dono de lancha, Elvis
Pereira. Paraa mais informações: (93) 99131-9245.
Os
outros locais indicados na enquete foram: Alter do Chão, que foi o segundo mais
votado (15,5%), seguido de Igreja de Nossa Senhora da Conceição (9,4%), Orla da
Cidade (2,4%) e Praça do Mirante (0,6%).
Fonte/Foto: Karla Lima – G1
Santarém/santaremtur.com.br
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