ASSINATURA DE CONVÊNIO INCLUI SANTARÉM OFICIALMENTE NO ARCO NORTE


Porto graneleiro da Cargill em Santarém

Arco visa desafogar a logística de exportação de soja e milho no país.
Com o projeto, Santarém terá a implantação de seis portos.
Um fórum, realizado em Santarém, oeste do Pará, nesta sexta-feira (24), discutiu a ampliação de investimentos no Arco Norte - iniciativa do governo federal, considerada uma das principais alternativas para desafogar, por exemplo, a logística de exportação de soja e milho no país. Na ocasião, foi assinado um convênio entre Ministério da Integração e do Transporte que inclui Santarém oficialmente como corredor de exportação.
Em entrevista ao G1, o economista José de Lima Pereira, explicou que o Arco Norte propõe a instalação de 96 portos nos estados que fazem parte do Arco (Rondônia, Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão e Bahia), sendo seis em Santarém (PA): três na região da Área Verde, dois na área da Companhia Docas do Pará (um de exportação de fertilizantes e outro de granéis sólidos) e o sexto ainda não tem local definido.
O encontro na cidade foi promovido pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados, que iniciou em 2015 as discussões sobre a ampliação de investimentos no Arco Norte. Os estudos abrangem as áreas de planejamento e política de transportes, integração intermodal, logística e licenciamento ambiental, dentre outras.
A ideia principal do Arco Norte, segundo Lima, é dinamizar a exportação brasileira de grãos e reduzir custos. “65% dos grãos são produzidos da metade do Brasil pra cima e 35 % da metade do Brasil pra baixo, só que 85% dessa produção sai pelos portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP) com o custo de 147 dólares. A estratégia do país, do governo federal é usar o que temos no Arco Norte. Santarém tem uma área portuário onde o custo da tonelada transportada por aqui é de 59 dólares”, explicou.
Para o ministro da integração nacional, Helder Barbalho, a união de desenvolvimento econômico e meio ambiente é uma forma de viabilizar projetos e proporcionar novos postos de trabalho e renda. "Está comprovado que escoar a produção pela região Norte é mais barato, transforma o nosso produto nacional em um produto mais competitivo a partir da produção do centro-oeste brasileiro, não mais indo para São Paulo, para o Paraná e encontrando o caminho justamente do estado do Pará".
O novo ministro dos transportes, Maurício Quintela, afirmou que estabelecer novas rotas de escoamento é uma maneira de ganhar eficiência e menores custos logísticos.
"Estamos apresentando todos esses modais, rodoviários, ferroviários, aquaviários e de portos para que a gente consiga descolocar o eixo de cargas hoje, seja do agronegócio, da pecuária ou da mineração. Nosso objetivo é garantir essa infraestrutura para que parte dessa carga seja exportada aqui pelo Norte", explicou.
Só este ano os portos do Arco Norte devem escoar 25,5 milhões de toneladas de soja e milho, segundo estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre 2009 e 2015, o volume de exportações desses grãos registrou um aumento superior a 170% -  de 7 milhões para 19,4 milhões de toneladas.

Fonte/Foto: Adonias Silva e Karla Lima, do G1 Santarém/Adrio Denner

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