PREOCUPANTE: FECHAMENTO DE EMPRESAS NO AM MAIS DO QUE DUPLICOU NO PRIMEIRO TRIMESTRE DESTE ANO


A Jucea  também registra queda na abertura de negócios. De janeiro a março, 1.204 foram abertos, contra 1.463 no mesmo período de 2015.

Queda nas vendas do comércio e desburocratização facilitam o fechamento dos negócios.
O número de empresas fechadas mais que duplicou no primeiro trimestre de 2016, no Amazonas. Com a redução do consumo no comércio e no segmento de alimentação, as lojas não têm conseguido manter as portas abertas. O fechamento dos negócios também foi desburocratizado. Os dados são da Junta Comercial do Amazonas (Jucea).
Custos altos e falta de retorno financeiro são os motivos que levam os lojistas a fecharem as empresas no comércio, segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag. “Com a crise, as vendas caíram demais. Fica difícil de pagar os custos. As lojas vão fechando porque não conseguem mais sobreviver”, disse Assayag.
O comércio tem trabalhado no limite dos custos, mas ainda há tentativas de manter as vendas através das promoções. “Está se tentando fazer de tudo. A questão é baixar custo e quando baixa custo, alguém é atingido”, disse o presidente.
No primeiro trimestre de 2016, 1.443 empresas foram fechadas no Amazonas. O resultado mais que duplicou ou aumentou 159,53% em relação ao mesmo período de 2015, quando foram fechadas 556 empresas.
Alimentação
No setor de alimentação, o  movimento está de 15% a 30% menor no primeiro trimestre deste ano em relação a 2015.
“Quem ainda está conseguindo vender são os restaurantes de almoço, mas com um ticket médio mais baixo. Os serviços mais especializados têm sofrido mais porque as pessoas cortam a mordomia”, explicou a presidente da Associação Brasileira de Restaurantes e Hotelaria do Amazonas (Abrasel/AM), Lilian Guedes.
Além da crise, o setor de alimentação viu a conta de energia disparar com os reajustes autorizados pela Justiça. A tentativa do setor é conseguir, via projeto, a redução de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na conta de luz, informou a dirigente.
O número de empresas que fecharam as portas no segmento de alimentação ainda  não é grande, segundo Guedes, mas há preocupação com o futuro. “Tivemos uma redução esmagadora na margem de lucro. Por enquanto, ainda estamos no lucro positivo, é lucro reduzido, porém
no positivo. Quando entrar no negativo é que a gente não sabe o que vai acontecer”, disse.
Outro sinal de que a crise tem afetado os segmentos de comércio e alimentação é a redução do número de pontos comerciais alugados. Segundo o Sindicato dos Corretores de Imóveis do Amazonas (Sindimóveis-AM), a crise econômica tem levado ao fechamento de empresa e derrubado a locação de imóveis comerciais em 30%, em 2016, em relação ao ano passado.
Desde 2010, a exclusão de empresas inativas está mais rápida. A medida foi facilitada pela  Lei Federal 8.934/94, que permite dar baixa no cadastro das empresas sem movimentação há 10 anos. Já a Lei Complementar do Super Simples, de agosto de 2015, também  agilizar o processo de fechamento de negócios,  sem a necessidade de apresentar certidões negativas de débito.

Fonte/Foto: Laís Motta - portal@d24am.com/Eraldo Lopes

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