IBAMA DESCOBRE GARIMPO 'GIGANTE' DE MINÉRIO DENTRO DE RESERVA, EM RO
Imagens aéreas mostram destruíção da Flona Vale do Jamari |
Área
devastada corresponde a mais de mil campos de futebol, diz órgão.
Operação
conjunta desativou garimpo e equipamentos foram queimados.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) encontrou e desativou um garimpo "gigante" dentro
da Floresta Nacional (Flona) do Jamari, a cerca de 100 quilômetros de Porto
Velho. De acordo com os fiscais que participaram da operação, iniciada no
domingo (22), a área devastada pelos garimpeiros já corresponde a 1 mil campos
de futebol.
Para encontrar o garimpo no meio da reserva, os fiscais contaram
com o apoio de dois helicópteros e ainda da Polícia Federal (PF), COE, Força
Nacional e Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMbio).
Segundo o Ibama, na área onde foi aberto o garimpo ilegal havia
apenas um pequeno riacho. Para extrair o minério do local, como cassiterita,
columbita, tantalita e nióbio, os trabalhadores colocaram bombas dentro do rio.
As máquinas então mandavam a água por um cano até o tonel, fazendo com que a
areia fosse separada do minério.
Mesmo sendo uma operação secreta e rápida, os fiscais não
conseguiram localizar os responsáveis pelo garimpo, já que com a aproximação
das autoridades eles são avisados por comparsas e fogem.
Para deixar o garimpo inutilizável, os equipamentos encontrados no
local foram incinerados pelos fiscais, incluindo três motores que custam cerca
de R$ 15 mil cada. "É uma área com grande devastação, um grande trauma ao
meio ambiente. Através da destruição de bens e da apreensão da retirada do
material que foi extraído, você descapitaliza e inibe esse tipo de crime",
diz Renê Luiz de Oliveira, superintendente do Ibama em Rondônia.
Durante a operação na Flona do Vale do Jamari, o Ibama descobriu
um novo tipo de desmatamento. Para não chamar a atenção das autoridades, os
madeireiros abrem pequenas clareiras na mata e, com isso, retiram as árvores em
pontos menores.
"Hoje eles extraem, abatem as árvores e tentam tirar o mais
rápido possível da reserva, de uma forma para tentar driblar a fiscalização
ambiental. O carregamento é em pouca quantidade. Logo que carregam já saem com
destino à madeireira", diz Renê.
Fonte/Foto:
Jonatas Boni e Maríndia Moura, do G1 RO e da Rede Amazônia/Rede Amazônica
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