AMAZONAS PODE IMPEDIR MAIS DE 800 CANDIDATURAS NESTE ANO
O número de gestores públicos com contas reprovadas pelo Tribunal
de Contas do Amazonas (TCE) chega a 845, conforme lista entregue ao Tribunal
Regional Eleitoral, ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público
Estadual. É a segunda lista repassada pelo tribunal, que, anteriormente,
apresentou 510 nomes. Agora foram incluídas as prestações de contas relativas a
convênios. A maioria tem um gestor responsável.
A intenção do TCE é auxiliar as entidades envolvidas no processo
eleitoral, para barrar candidaturas, conforme a Lei da Ficha Limpa. Segundo o
conselheiro Ari Moutinho Júnior, a medida serve também para chamar a atenção
dos gestores que usaram irregularmente o dinheiro público.
"O que nós estamos fazendo é dando uma chacoalhada na
letargia por parte de alguns gestores, que não vinham dando a importância
devida à questão de suas prestações de contas e apostavam na morosidade do
Judiciário e do Ministério Público ou na incapacidade, pela falta de tempo, de
oferecer as denúncias cabíveis", explicou o conselheiro.
O promotor-chefe do Centro de Apoio Operacional Eleitoral do
Ministério Público do Amazonas, Públio Caio Bessa Cyrino, destacou a
importância do trabalho colaborativo do TCE amazonense e criticou gestores que
não cumprem com a prestação de contas.
"A atividade [do tribunal] se configura didática também aos
futuros candidatos e aos gestores. Esta cultura brasileira, e nós amazônidas
fazemos parte dela, de deixarmos as coisas pra última hora ou apostarmos na
impunidade, tem levado pessoas, às vezes, por descuido, não má-fé, a deixarem
suas coisas passar, a perderem seus prazos, e se tornarem inelegíveis",
disse o promotor.
Fonte:
Bianca Paiva - Correspondente da Agência Brasil
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