POLÍCIA BUSCA POR ASSASSINOS DE PREFEITO DE MARAÃ-AM E NÃO DESCARTA HIPÓTESE DE CRIME POLÍTICO
Neto da vítima teria testemunhado o homicídio,
ocorrido na noite de domingo (28) por tiro de espingarda. Familiares defendem a
tese de motivação política no crime
Prefeito pelo PROS, Cícero Lopes foi eleito em 2013
com apoio das zonas urbana e rural
As polícias Civil e
Militar estão empenhadas em desvendar o assassinato do prefeito de Maraã,
Cícero Lopes (Pros), morto com um tiro nas costas na noite de domingo (28) em
frente à própria casa. As buscas pelos suspeitos continuam e não é descartada a
hipótese de crime político.
Familiares da vítima
defendem a tese de homicídio motivado por desavenças políticas, como disse por
telefone à reportagem a filha do prefeito, Maria Gleiciane Silva, que é
secretária de Finanças de Maraã. Segundo ela, o neto de Cícero, um rapaz de
nome e idade não revelada, testemunhou o assassinato do avô, e pode ajudar nas
investigações. Ele não foi atingido por nenhum disparo.
O comandante-geral da
Polícia Militar, coronel James Frota confirmou que o tiro que matou o prefeito
de Maraã partiu de uma espingarda, provavelmente de calibre 12. O comandante
disse que 10 militares do 3ª Batalhão da PM de Tefé já chegaram ao município,
distante 615 quilômetros da capital, para dar reforço policial e conter os
ânimos na cidade.
As investigações do caso
também já começaram. Seis pessoas da Polícia Civil de Manaus foram enviadas à
Maraã: investigadores da Delegacia de Homicídios e Sequestros (DEHS) e peritos
do Instituto de Criminalística. O delegado Luiz Rocha, da DEHS, está à frente
do caso e já chegou à cidade. Ele começou a coletar depoimentos de testemunhas
e familiares.
O delegado Ivo Martins,
titular da DEHS que está em Manaus, disse por telefone à reportagem que existe
a suspeita do crime ser político. “Não descartamos a hipótese, nem de rixa
pessoal nem de (rixa) política. Estamos coletando informações”, declarou. Até o
momento não há suspeitos e ninguém foi preso.
O vice-prefeito de Maraã,
Luiz Magno Moraes (PT), que é apontado como adversário político da vítima e que
recebeu proteção na delegacia da cidade, já foi ouvido pela polícia. Segundo o
delegado Ivo Martins, o vice continuava abrigado no 60º Distrito Integrado de
Polícia (DIP) – não detido, mas a proteção dele – até a tarde desta segunda.
As buscas
Desde a noite do crime, as
buscas pelos assassinos do prefeito de Maraã foram iniciadas. O criminoso
conseguiu escapar e policiais civis e militares, na tentativa de fechar o cerco
ao atirador, bloqueavam o rio que banha o município, que a única maneira de
sair da região é por via fluvial.
Fonte/Foto: Vinicius
Leal e Aristide Furtado – A Critica/Prefeitura de Maraã
Nenhum comentário:
Postar um comentário