PREFEITA NÃO ABRE CAIXA PRETA DA EDUCAÇÃO E SINTEPP DEFLAGRA GREVE EM ITAITUBA-PA
Professores reivindicam aumento salarial de 16%, mas
não são atendidos
Pelo andar da carruagem,
vai começar bem cedo “o Inferno astral político” da prefeita Eliene Nunes no
que concerne a negociações com a categoria dos professores. Os sindicalistas
sintetizam como barreiras para o avanço das negociações, a intransigência da
Prefeita que apenas diz não ter dinheiro, mas não abre a caixa preta do
governo, nem apresenta prestação de contas sobre gastos e arrecadações na
educação.
O Sintepp no dia 5 deste
mês participou de uma audiência com presença da secretária de educação Uzalda
Miranda aonde solicitou da Semed vários documentos que comprovem que de fato e
de direito o Município não tem direito para atender a reivindicação de aumento
de 16%. O Sintepp solicitou via ofício prestação de contas de todos os recursos
que foram utilizadas na educação referente ao ano de 2015, incluindo aí
convênio com o governo do Estado (transporte escolar/PNATE, FUNDEB 60%, 40%,
QSE PNAE), além da contrapartida do Município dos 5% da parte de receita do
FUNDEB.
Como estratégia para
tentar abrir a caixa preta do governo que sequer presta esclarecimentos também
ao Poder legislativo, o SINTEPP solicitou, também, relação das escolas, creches
ou centros infantis construídos e reformados no ano passado.
São muitas as perguntas e
nada de respostas. O SINTEPP questionou, também, nessa reunião porque não foram
adotadas ações para o fortalecimento dos Conselhos Escolares, além de não
deixar claros parâmetros e instrumentos transparentes de avaliação de diretores
e vice-diretores das escolas, deixando os diretores sem autonomia financeira,
onerando ainda mais a comunidade.
A secretária de educação
Uzalda de Miranda, em sua versão, afiança que algumas respostas aos
questionamentos do SINTTEP serão respondidas via documento, mas pede que os
educadores façam uma reflexão, alegando que algumas escolas não têm quantitativos
suficientes de alunos e que por isso não teria como justificar a lotação de
mais servidores. Sobre o argumento apresentado pela Secretária de Educação, a
diretora do SINTEPP, Suely Souza, novamente questionou o que foi gasto,
exigindo uma planilha detalhando todo o seu programa sobre aplicação de verbas
para que a Prefeita não apenas fale, mas mostre de fato e de direito onde está
sendo gasto tanto dinheiro na educação, já que os prédios estão precários e a ausência
de infraestrutura mostra um contraste. A Secretária pediu vinte dias para
apresentar os documentos solicitados pelo SINTEPP.
Mas percebendo que
novamente a Prefeita pretende usar estratégia semelhante a do ano passado,
postergando uma solução para as negociações, o SINTEPP em assembleia na tarde
de quinta-feira, dia 18, resolveu entrar em estado de greve. Caso as
negociações não avancem, a Prefeita não apresente documentos provando que de
fato não tem dinheiro para investir na educação e melhorar as reivindicações
salariais dos servidores da educação, deverá ser posteriormente deflagrada
greve.
Além do Sintepp, o
Sindisaude que defende a categoria dos profissionais de saúde e o Sinserm que
defende direito de todos os servidores, não aceitaram a proposta de apenas 3%,
já que também pleiteiam 16% como compensação de perdas salariais.
Fonte/Foto:
RG 15- O Impacto e Nazareno Santos

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