SENADO PROMOVE AMANHÃ, 18, EVENTO EM BELÉM PARA DISCUTIR POTENCIAL DO CACAU
O Senado Federal, por meio
de sua Comissão de Reforma Agrária e Agricultura (CRA), promoverá em Belém, no
dia 18 de setembro, Ciclo de Palestras e Debates sobre a cacauicultura e o
potencial desta atividade no território brasileiro, em especial, em solo
paraense. A realização do evento é fruto de requerimento apresentado pelo
senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e acontecerá paralelamente ao 3º Festival
Internacional do Chocolate e Cacau da Amazônia.
Flexa é relator do projeto
que estabelece o percentual mínimo de cacau nos chocolates comercializados em
todo o território nacional e torna obrigatória a informação do percentual total
de cacau nos rótulos desses produtos. O projeto propõe aumentar o teor mínimo
de cacau na composição do chocolate brasileiro dos atuais 25% para 35%. A
autora do projeto, da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), entende que além de
assegurar o direito do consumidor de saber o que está comprando, proporciona um
estímulo à cacauicultura brasileira.
Ao ampliar a discussão
sobre a proposta da senadora Lídice, Flexa espera ter mais insumos para
apresentar seu parecer sobre a matéria, que é de suma importância para a
economia brasileira, em especial do Estado do Pará.
O Pará é o segundo maior
produtor de cacau do Brasil e o avanço desta atividade na região deverá, nos
próximos anos, alavancar o Estado ao primeiro lugar no ranking dos produtores
do fruto. Somente o município de Medicilândia, na região do Xingu, tem uma
produção anual de 40 mil toneladas de amêndoas secas.
“Além de ter uma grande
produção, o cacau produzido em Medicilândia é considerado pela indústria do
chocolate como uma das melhores matérias primas do país. Precisamos aproveitar
melhor esse potencial e impulsionar fortemente a cadeia produtiva do chocolate
em Medicilândia e nos outros municípios que produzem o fruto”, disse o senador
Flexa Ribeiro.
As amêndoas do cacau de
Medicilândia possuem melhor ponto de fusão e maior teor de gordura,
características indispensáveis para produção de chocolate. Isto ocorre porque
as amêndoas comercializadas tem um processo de produção diferenciado sem
agrotóxicos.
Outra vantagem comparativa
apresentada por Medicilândia está em seu solo. O município possui em seu solo
manchas de terra roxa, uma característica que garante boa produtividade das
lavouras. Em média, são produzidos entre 800 a 1200 kg de amêndoas por hectare
de terra cultivado.
Além de Medicilândia, os
municípios de Uruará, Placas, Brasil Novo, Altamira, Novo Repartimento, Pacajá,
Anapu, Vitória do Xingu e Tomé Açu também se apresentam como grandes produtores
do cacau paraense. A produção anual do fruto no Estado já ultrapassa as 80 mil
toneladas e abre as portas do Pará ao mercado internacional.
Fomento
No sentido de fomentar a
cacauicultura, em 2011, o Governo do Estado do Pará, definiu esse segmento como
um dos prioritários em sua política agrícola e elaborou, em parceria com a
Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), o Programa Estadual
de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Cacau.
O Programa voltado à
cacauicultura tem possibilitado o desenvolvimento de ações fundamentais para a
expansão, modernização e consolidação dessa atividade agrícola no Estado. No
sentido de fomentar a produção, o Governo do Estado vem investindo no cultivo e
distribuição de sementes híbridas de cacau, possibilitando assim a expansão da
área cultivada.
Investimentos em
capacitação de técnicos e produtores em tecnologias sustentáveis de produção
também são prioridades do Programa. O Governo do Estado entende que é
fundamental incentivar a implementação de novas tecnologias na cadeia cacaueira
como forma de elevar a produtividade.
SERVIÇO
11º Ciclo de Palestras e
Debates da CRA – SENADO FEDERAL
Dia: 18 de setembro de
2015
Local: Hangar – Centro de
Convenções da Amazônia / Hora: 14h00
Fonte: Assessoria
de Imprensa do Senador Flexa Ribeiro
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