PARÁ: PREFEITURAS PARALISAM CONTRA CALOTE DO ESTADO
Deputado Osório Juvenil |
Ozório Juvenil que saber por que o Governo de Jatene
declarou dinheiro não pago às prefeituras
Cerca de 100 prefeitos
prometem tomar hoje o plenário da Assembleia Legislativa do Estado. Isso devido
à sessão especial proposta pelo deputado estadual João Chamon (PMDB) para
debater a crise financeira que assola as prefeituras paraenses e o calote no
repasse de verbas federais e, principalmente, estaduais. A moratória do
dinheiro prejudica programas e serviços básicos nas cidades. Estão sendo
esperados também, vereadores e representantes dos governos federal e estadual
que terão muito de ouvir dos gestores e dar uma solução para as demandas.
Simultaneamente, as
prefeituras realizarão uma paralisação geral em protesto contra a falta de
recursos que atinge os municípios. Uma faixa preta será colocada em frente ao
prédio do poder executivo de cada cidade, e os serviços serão suspensos, com exceção
das emergências hospitalares. O presidente da Associação dos Municípios do
Araguaia e Tocantins (Amat-Carajás) e prefeito de Bannach, Valber Milhomem
(PSB), reforçou que o movimento não está conflitando com os governos estadual e
federal, mas sim, lutando diretamente pelos direitos dos municípios. “As
Prefeituras não estão conseguindo cumprir com seus compromissos financeiros por
falta de recursos. As cidades do Pará estão pedindo socorro e a cada dia que
passa o quadro só piora. Estamos nos mobilizando para mostrar à população as
dificuldades que enfrentamos diariamente”, afirmou.
DEMANDAS
O deputado João Chamon,
que já foi prefeito de Curionópolis diz que o objetivo da sessão é buscar
soluções para os problemas dos municípios, sem destacar bandeiras partidárias
ou dar conotações políticas para a crise municipal. “Vamos abordar todas as demandas
municipais, sejam de ordem do governo federal ou do governo estadual, que estão
ligadas a eixos que atingem diretamente a população, como a saúde e educação”.
Os prefeitos alegam que
sem os repasses ou mesmo com a redução dos recursos, os prefeitos não têm como
fazer frente às demandas. A maioria dos municípios não tem fonte própria de
arrecadação. Cerca de 80% dependem diretamente dos repasses do Fundo de
Participação dos Municípios (PFM), repassado pelo governo federal, que vem
caindo gradativamente nos últimos meses, e em alguns casos vindo zerados para o
caixa das prefeituras. O mesmo ocorre com o ICMS repassado pelo Estado.
“Prefeitos já me disseram que o FPM desse mês caiu 40% em relação ao mês
passado. A situação é insustentável, de quase falência”, diz o peemedebista.
Chamon lembra que as
Assembleias Legislativas de vários Estados estão criando Frentes Parlamentares
Municipalistas e espera que no Pará não seja diferente. “Após essa sessão
esperamos criar essa frente aqui para funcionar como um polo permanente no
poder legislativo para ajudar na solução dos problemas nos municípios”. A
criação da frente já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da casa
e deve ser votada em plenário na semana que vem.
Fonte/Foto: Luiz Flávio - Diário
do Pará
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