OS MUIRAQUITÃS DA AMAZÔNIA - COLEÇÃO DE MUIRAQUITÃS LEGÍTIMOS À VENDA. HOJE PEÇAS RARAS, ALCANÇAM ALTOS PREÇOS EM LEILÕES.
Sem dúvida uma das lendas amazônicas mais intrigantes,
principalmente por ter o seu fundo de verdade.
Ao apresentar a história
do muiraquitã, estarei apontando para dois caminhos, através de dois textos
paralelos, o folclórico e o histórico, assim como a lenda do Mapinguari.
A lenda do muiraquitã é
também derivada da lenda
das amazonas, ou melhor, as amazonas são as principais protagonistas
dessa lenda.
A lenda afirma que o
muiraquitã era oferecido como presente pelas guerreiras icamiabas aos homens
que visitavam anualmente a sua taba, na região do rio Nhamundá.
Uma vez por ano, durante a
festa dedicada à lua, as icamiabas recebiam os guerreiros guacaris, com os
quais se acasalavam como se fossem seus maridos. À meia-noite, elas mergulhavam
nos rios e traziam às mãos um barro tipo de barro colorido, cujo o mais
especial era o verde, ao qual davam formas variadas: de sapo o mais procurado,
tartaruga e outros animais, e presenteavam seus amados.
Algumas versões falam que
o ritual se dá em um lago encantado chamado jaci uaruá (“espelho da lua”; do
tupi antigo îasy arugûá).
Retirado ainda mole do
fundo do rio e moldado pelas mulheres, o barro endurecia ao contato com o
ambiente. Os objetos eram, então, enfiados em tranças de cabelos das noivas, e
usados como amuleto no peito pelos guerreiros. Até hoje, o muiraquitã é
considerado objeto sagrado, e acredita-se que traz felicidade, sorte e também
cura a quase todas as doenças de quem o possui.
FOLCLÓRICO: A LENDA DO MUIRAQUITÃ
Os Muiraquitãs, pedras coloridas ou verdes (raras)
esculpidas em forma de sapo era usados pelas mulheres tapajós como amuletos
Segundo a lenda mais
comum, os verdadeiros Muiraquitãs são filhos da Lua, retirados do fundo de um
imaginário lago denominado Espelho da Lua, Iaci-uaruá, na proximidade das
nascentes do rio Nhamundá, perto do qual habitavam as índias Icamiabas, nação
das legendárias mulheres guerreiras que os europeus chamaram de Amazonas
(mulheres sem marido).
O lago era consagrado à
Lua, pelas Icamiabas, onde anualmente realizavam a Festa de Iaci, divindade mãe
do Muiraquitã, que lhe oferecia o precioso amuleto retirado do leito lacustre.
A festa durava vários dias, durante os quais as mulheres recebiam índios da
aldeia dos Guacaris, tribo mais próxima das Icamiabas, com os quais mantinham
relações sexuais e procriavam. A lenda também diz que, se dessa união nascessem
filhos masculinos, estes seriam sacrificados, deixando sobreviver somente os de
sexo feminino. Depois do acasalamento, pouco antes da meia-noite, com as águas
serenas e a Lua refletida no lago, as índias nele mergulhavam até o fundo para
receber de Iaci os preciosos talismãs, com a configuração que desejavam,
recebendo-os ainda moles, petrificando-se em contato com o ar, logo após saírem
d’água. Então os presenteavam aos Guacaris com os quais se acasalavam, o que os
faria serem bem recebidos onde os exibissem, além de dotar outros poderes
mágicos ao amuleto.
O Muiraquitã, considerado um verdadeiro amuleto da
sorte, é geralmente de cor verde, pois era confeccionado em jade.
Os indígenas contam a
seguinte lenda: que estes batráquios, que eram confeccionados pelas índias que
habitavam às margens do rio Amazonas. As belas índias nas noites de luar em que
clareava a terra se dirigiam a um lago mais próximo e mergulhavam em suas águas
retirando do fundo do lago bonitas pedras que modelavam rapidamente e ofereciam
aos seus amados, como um verdadeiro talismã que pendurado ao pescoço levavam
para caça, acreditando que traria boa sorte e felicidade ao guerreiro.
O Muiraquitã é considerado um amuleto de sorte para
quem o possui.
Conta a lenda que até nos
dias de hoje muitas pessoas acreditam que o Muiraquitã trás felicidade e é
considerado um amuleto de sorte para quem o possui. O Muiraquitã apresenta
também outras formas de animais, como jacaré, tartaruga, onça, mas é na forma de
sapo a mais procurada e representada por ser a lenda mais original.
A fama e o exotismo do
amuleto o tornaram cobiçados desde os primórdios da colonização da Amazônia,
nos séculos XVII e XVIII, quando foram encontrados pela primeira vez nas
proximidades dos rios Nhamundá e Tapajós.
Poucos são os exemplares
que podem ser apreciados atualmente, principalmente em sua região originária.
Eles estão espalhados pelos principais museus do mundo e em coleções
particulares.
FUNDO HISTÓRICO: A LENDA DO MUIRAQUITÃ
O muiraquitã era usado
pelas mulheres tapajós como amuleto para prevenir doenças e evitar a
infertilidade. A crença se espalhou pelo Baixo Amazonas e chegou ao Caribe,
onde foram achados muiraquitãs amazônicos. “Devem ter sido um objeto de troca
entre as elites”, diz o arqueólogo Marcondes Lima da Costa, da Universidade
Federal do Pará. A moda pegou até na Europa no século XVIII, muiraquitãs eram
levados para o Velho Continente. Acreditava-se que evitavam epilepsia e
cálculos renais. Hoje são peças raras, que alcançam altos preços nos leilões.
Controvérsia
Barbosa Rodrigues
(Muirakitã, Estudo da Origem Asiática da Civilização Amazônica – 1889) defende
que o amuleto é a mais evidente prova da origem asiática das antigas
civilizações amazônicas, pois acreditava que até então, na Região, como no
restante do continente americano, não havia ocorrência de jazidas de jade, ou
que ele aqui tenha sido trabalhado, o que faz acreditar que os artefatos do
mineral pertencem à mesma civilização e origem. Esta teoria apaixonou
pesquisadores brasileiros, havendo muita discussão sobre o assunto. Relatos de
Gabriel Soares de Sousa (1558) e Frei Ivo d’Evreux (1613) contradizem a
afirmação de Barbosa Rodrigues e revelam a existência de “pedras verdes” nos
sertões brasileiros, tese confirmada mais tarde por Simoens da Silva, em sua
obra Nephrite in Brazil, apresentando ocorrências do mineral em Amargosa (BA) e
peças encontradas em Campinas (SP), Piuí (MG), Pinheiros (RJ), Óbidos (PA) e
Olinda (PE). Outros pesquisadores também jogam por terra a origem asiática da
civilização amazônica, inclusive a arqueóloga Ana Roosevelt, que afirma, em
recente descoberta, ser Monte Alegre (PA) o berço do homem americano.
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