TRAGÉDIA COM HELICÓPTERO NO AM: CORPOS SERÃO LEVADOS PARA BRASÍLIA, ONDE PASSARÃO POR EXAME DE DNA
Pedaços dos corpos chegaram ao aeroporto em um único saco e foram levados para o Hospital de Guarnição de Tabatinga |
As condições descritas do local do acidente indicam
que a aeronave se chocou a uma velocidade de 240 km/h contra uma samaumeira na
hora da queda. Apesar do forte impacto, a aeronave não explodiu. O acidente
ocorreu às 18h17
Os corpos das
vítimas do acidente com um helicóptero em Atalaia do Norte, resgatados na tarde desta quarta-feira (3) e
levados para Tabatinga, serão levados para Brasília para ser feita a identificação
do DNA de cada um dos mortos. Isso porque estão bastante mutilados e em estado
de decomposição impedindo o reconhecimento por parte dos familiares.
As vítimas são: o
piloto da aeronave Alexandre Felix Souza, as grávidas Marceleia Cruz dos Santos
Marubo, Luciana Guedes do Carmo, a enfermeira Luzia Fernandes Pereira e
Marcelânia Souza da Silva na condição de acompanhante e intérprete das
grávidas.
A aeronave se
chocou a uma grande velocidade com uma enorme árvore, uma samaumeira, causando
a destruição total da aeronave. O filho da enfermeira Luzia Fernandes e a
esposa do piloto aguardaram a chegada dos corpos no Instituto Médico legal de
Tabatinga, bem como o coordenador do Dsei/Javari, Herodoto Jecim de Sales.
A aeronave
desaparecida desde o final da tarde de sexta-feira (29/05) quando fazia o
transporte das grávidas da aldeia Pentiaquinho no Vale do Javari em Atalaia do
Norte para Tabatinga foi detectada inicialmente no final da tarde desta
terça-feira (2) pela Força Aérea. A confirmação ocorreu ao amanhecer desta
quarta-feira. Os corpos das vítimas estavam destroçados, bem como a aeronave. O
acidente ocorreu nas imediações da cabeceira do Igarapé São João, próximo da
cidade de Atalaia.
O trabalho de
resgate dos corpos foi demorado. As condições do terreno que impediu o pouso do
helicóptero da Força Aérea, corpos bastante fragmentados e assim como a
aeronave que caiu, dificultou o trabalho das equipes que demorou quase dez
horas.
Segundo o médico
legista de Tabatinga, Valderi Nobre de Mesquita, todos os cinco corpos foram
trazidos em uma só bolsa. “As peças anatômicas estão muito fragmentadas.
Impossível de os familiares fazerem o reconhecimento”, declarou.
DNA
Devido ao estado
dos corpos muito mutilados, o filho da enfermeira Luzia Fernandes Pereira, Yuri
Fernandes de Souza, tenente da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, pediu que
os corpos fossem submetidos a exame de DNA, sugestão acatada de comum acordo
com policiais federais e militares envolvidos na operação. “Por isso não
fizemos o exame de necropsia”, disse Valderi.
Segundo o legista o
temor é que sejam atribuídos membros e partes do corpo a uma outra vítima. Do
aeroporto com a segurança reforçada por militares do 8º. Batalhão de Infantaria
de Selva, os despojos foram levados ao Instituto Médico Legal de Tabatinga que
funciona anexo ao Hospital de Guarnição, cuja rua de acesso foi interditada,
onde também Hospital.
Equipes do 8º.
Batalhão de Infantaria de Selva foram deslocadas ainda na madrugada desta
quarta-feira para o local com objetivo de isolar a área. Hoje pela manhã uma
equipe o Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos – Seripa VII também seguirá para a área para realizar a perícia
técnica.
Condições
As condições
descritas do local do acidente indicam que o helicóptero da Moreto Táxi Aéreo
se chocou a uma velocidade de 240 km por hora contra a samaumeira na hora da
queda. Apesar do forte impacto, a aeronave não explodiu o que indica que
estaria com pouco combustível. As equipes de resgate encontraram um pequeno
vestígio de fogo em uma árvore.
Quanto aos
passageiros há suspeita que não estavam usando cinto de segurança. O acidente
ocorreu às 18h17min, início do anoitecer na região.
A aeronave prestava
serviço para o Distrito Sanitário Especial Indígena do Vale do Javari,
transportando pacientes, profissionais de saúde e ações médicas e campanhas de
vacinação aos mais de 5 mil índios de seis etnias que habitam a Terra Indígena
do Vale do Javari, uma das maiores do Brasil.
Fonte/Foto: Eduardo Gomes – A Critica
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