GREVE DOS PROFESSORES DA UFAM FOI DEFLAGRADA NESTA TERÇA-FEIRA (9)
A paralisação é por tempo indeterminado. Ao todo, 292 votos foram favoráveis à greve,
271 contrários e 4 abstenções – os números são referentes aos votos dos
docentes da capital e do interior
Foi deflagrada a greve dos
professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) nesta terça-feira, 9,
durante assembleia geral (AG) ocorrida no auditório Eulálio Chaves, localizado
no Setor Sul do Campus Universitário. A paralisação ocorrerá a partir da próxima
segunda-feira (15). Ao todo, 292 votos foram favoráveis à greve, 271 contrários
e 4 abstenções – os números são referentes aos votos dos docentes da capital e
do interior.
A assembleia iniciou, às
15h, com uma rodada de debate entre 10 professores, sendo cinco a favor e cinco
contra a greve. Depois foi solicitada outra rodada, mas a plenária não aceitou.
Havia alguns docentes que não queriam considerar os votos dos professores de
fora da sede (atuantes nos interiores do Estado). Para sanar o problema foi
levado em consideração o estatuto da Associação dos Docentes da Ufam (Adua). Os
profissionais da educação atuantes no interior votam na reitoria, diretoria e
presidência da Adua, por isso foram contabilizados os seus votos.
“Sou a favor da greve.
Estamos em defesa das universidades públicas, do nosso plano de carreira, de
verbas para pesquisas, projetos de extensão, investimentos nos aparelhos da
educação brasileira e uma abertura com o governo federal. Neste momento, nós
estamos conversando sobre o fundo de greve. Também deve sair daqui o delegado
que nos representará no comando do movimento nacional em Brasília. Devemos
montar um comando unificado em Manaus. Vamos chamar o DCE (Diretório Central
dos Estudantes da Ufam), embora sejam contrários à greve”, disse Ademir Ramos,
professor do curso de Sociologia da Ufam.
Votação
A greve nacional dos
docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE) foi aprovada pela ampla
maioria das 43 seções sindicais do ANDES-SN em reunião realizada nos dias 15 e
16 de maio, da qual participaram 61 professores, representantes das seções
sindicais. Cada seção sindical tem autonomia para declinar ou acompanhar tal
decisão, inclusive definindo a data para deflagração, caso assim seja aprovado
pela base da categoria.
“Chamamos os professores
em todo o País a participarem das assembleias que serão realizadas para tratar
da deflagração da greve. A hora é agora, as universidades e demais instituições
federais de ensino estão à míngua, sem condições de funcionamento, enquanto o
governo anuncia que vai promover mais cortes”, conclamou o presidente do
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN),
Paulo Rizzo, durante reunião do setor das universidades federais, em Brasília.
Fonte/Foto: Rafael
Seixas e Mariah Brandt – A Critica/Jairo Ferraz
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