EM PARINTINS-AM, SEGUNDA NOITE DO CAPRICHOSO EXALTOU RELIGIOSIDADE DOS POVOS DA AMAZÔNIA
Após uma apresentação
marcada pela forte chuva que caiu em Parintins na noite desta sexta-feira (26),
o Boi-Bumbá Caprichoso abriu a segunda noite do 50º Festival Folclórico de
Parintins com o espetáculo “Amazônia, Arte e Criação”. Na abertura, o
apresentador Júnior Paulain homenageou diversos artistas do boi azul e branco,
entre figurinistas, coreógrafos e artesãos. A animação da galera azulada,
porém, iniciou antes da apresentação. O animador Ornello Reis levantou o
público e entregou para Júnior Paulain uma galera que não parou durante as duas
horas e meia de apresentação do Caprichoso.
O primeiro momento
alegórico do boi azul destacou a fé em Nossa Senhora do Carmo e concorreu ao
item Figura Típica Regional. Ao som da toada Terço Caboclo, o Caprichoso
realizou uma procissão com 250 figurantes na arena do bumbódromo e que contou
com a participação especial do coral lírico do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio
Santoro (Laocs). Compondo o cenário, vários querubins em homenagem a Irmão
Miguel de Pascale, que era conhecido como “Escultor de Querubins” na época que
ensinava desenho às crianças de Parinitns no fim da década de 1980. A
sinhazinha da fazenda Karyne Medeiros foi conduzida por um destes anjos da
alegoria e o Boi-Bumbá Caprichoso surgiu nas mãos de Nossa Senhora do Carmo.
A Tribo Mura teve
participação especial na segunda noite do Caprichoso. Em um primeiro momento, a
tribo evoluiu na celebração tribal e em uma das aparições do pajé Waldir
Santana. Outro momento da tribo foi a Lenda Amazônica “O Senhor das Sombras”,
que encerrou a noite. Júnior de Souza, estreando no Caprichoso, levou à arena
16 módulos alegóricos, e o maior alcançava 30 metros de altura. O Upuracê
tribal Karajá trouxe a cunhã-poranga Maria Azedo representando a bravura do
povo Inã-Son-Werá para expulsar os temíveis Nhetãn-Hekan
O rito de invocação a
Ynãkauel foi representado pelo boi azul. Da etnia Torá, o ritual é conduzido
por cinco pajés que recebem a visita do ente sobrenatural durante os sonhos
noturnos. Navegando em cinco canoas, os pajés rezam para que Ynãkauel sai da
água e traga a cura aos povos da região do rio madeira.
Fonte/Foto:
reporterparintins.com.br/Ewerton/João Carlos Siqueira
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