EM MANAUS-AM, PROMOTOR DE JUSTIÇA SE FINGIU DE MORTO PARA SOBREVIVER
Após sofrer ser atingido por três tiro de pistola,
promotor Paulo Stélio (foto) defende a aplicação de ‘leis mais duras’ para criminosos
O promotor de Justiça
Paulo Stélio Sabbá Guimarães, disse, em
entrevista exclusiva para A CRÍTICA, que
se fingiu de morto para continuar vivo. Ele foi ferido a tiros de pistola
calibre 380, por volta das 13h30 de sexta-feira, quando chegava para almoçar em
casa, no condomínio Itaporanga II, na Ponta Negra, Zona Oeste.
Stélio disse que o projétil que acertou a sua clavícula, ainda
está alojado em seu corpo. “Apesar dessa situação, estou me recuperando bem e pensando em voltar a trabalhar”.
Otimista com a sua
recuperação, o promotor disse que não sabe exatamente o que motivou a ação dos
criminosos, se foi uma tentativa de assalto ou um atentado por causa da sua
atividade profissional. “Se foi por causa do meu trabalho não vou me intimidar.
Vou levar a minha vida normal e para mim esse caso é página virada”, disse o promotor.
Stélio atua na 63ª Promotoria de Ordem Urbanística do Ministério Público do
Amazonas (MP-AM).
O promotor relatou que no
dia do ocorrido, ele saiu do trabalho, na sede do MPE e foi pra casa almoçar.
Ele relatou ainda que não viu se estava
sendo seguido por alguém, porém quando já estava estacionando foi surpreendido
pelos bandidos. “Eles apareceram muito rápido e já foram atirando”, disse.
Foram três disparos, sendo
que dois deles, acertaram o promotor. Com detalhes, Stélio contou que o segundo disparo foi dado pelo vidro lateral
direito, quebrou o vidro e nesse momento
um dos criminosos colocou parte do corpo dele para dentro do carro e o sacudiu,
provavelmente para se certificar que ele estava morto. O criminoso chegou a
pegar o celular da vítima, mas logo depois o jogou e em seguida, subiu na
garupa da motocicleta e fugiu.
Stélio disse que no
momento em que estava recebendo os tiros, só pensou na segurança da família e
que teve medo que os ladrões entrassem na casa, por isso apertou a buzina do
carro para chamar a atenção de outras pessoas.
Para o promotor, as
questões de segurança precisam ser repensadas porque criminoso não é uma pessoa
do bem, e bandido tem que ser tratado como bandido. “O que ocorre hoje é que o
cidadão comum tem que ficar trancado por de trás da grade para se proteger”.
Stélio defende que as leis tem que ser mais duras, “os aplicadores menos bonzinhos precisam deixar
de ser bonzinhos porque os bandidos não são coitadinhos”, finalizou.
Polícia investiga, mas ainda não tem pistas
A tentativa de homicídio
contra o promotor está sendo investigado
pela Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD).
Até o fechamento desta edição, a polícia ainda não tinha nenhuma pista que levasse
aos autores do dos disparos, segundo informou o delegado geral da Polícia Civil
(PC), Orlando Amaral. De acordo com ele, a polícia trabalha com a hipótese de
tentativa de roubo, mas não descarta outras possibilidades.
Fonte/Foto:
Joana Queiroz – A Critica/Arquivo AC


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