CELPA VAI SER CHAMADA À CÂMARA FEDERAL PARA DAR EXPLICAÇÕES
Deputado solicita audiência com a concessionária na
Comissão de Energia
Detentora de umas das
maiores tarifas energéticas praticadas no país, a Celpa Equatorial,
concessionária de energia no Pará, será convidada a explicar os motivos dos
altos valores cobrados aos consumidores paraenses, em audiência pública na
Câmara Federal, solicitada pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA) - foto, na Comissão de
Minas e Energia.
De acordo com o
requerimento protocolado no último dia 12, e que deve ser apreciado nesta
semana, o Pará é responsável pela geração de quase 10% da energia hidrelétrica
produzida no país, que abastece não apenas a região Norte, mas também exporta
energia por meio da integração ao Sistema Interligado Nacional (SIN), e sua
população paga uma das tarifas mais caras de energia elétrica em todo o Brasil.
Para a indústria, por exemplo, enquanto o Estado do Pará paga R$ 572,20 por
MW/h, a média do país é R$ 498,28 por MW/h, ou seja, 37,8% a menos, com base em
levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).
Segundo Arnaldo Jordy, a
audiência deverá verificar o cumprimento, pela Celpa, de compromissos firmados
em audiências anteriores. A empresa assinou no ano passado Termo de Ajuste de
Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual, comprometendo-se a solucionar
problemas apontados por consumidores ao Procon do Pará.
Jordy também pretende
propor uma revisão do modelo atual de geração e distribuição de energia
elétrica, que penaliza o Pará, enquanto Estado produtor de energia, sem que
haja qualquer compensação por isso. “Ao contrário, o Pará fica com o ônus
ambiental da construção de hidrelétricas”, afirmou o parlamentar.
BANDEIRAS
Entre as propostas a serem
debatidas, está a exclusão do Pará do regime de bandeiras tarifárias criado
pela Aneel, para compensar o alto custo da geração termelétrica de outras
regiões, e que penaliza também o Pará, que é gerador de energia hidrelétrica,
mas não obtém com isso qualquer consequência positiva para os paraenses. A
energia termelétrica é mais cara e encarece as tarifas em todo o País.
“O Estado tem superávit de
energia, não tem porque estar fazendo esse grau de sacrifício. Nós precisamos
como Estado exportador, e com esses indicadores, comprar energia do fornecedor
mais barato, não do mais caro. Não tem sentido comprar mais caro aquilo que nós
ofertamos”, completou Jordy.
FÓRUM
Em audiência realizada na
última semana em Belém, ficou definida a formação de um fórum para encaminhar
as propostas apresentadas, formado pelos parlamentares estaduais e federais
presentes, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Procon, Fundação
Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Estado do Pará (Fapespa), Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), Sindicato dos Urbanitários do Pará, Ministério
Público do Estado, Ministério Público Federal, Inmetro, União Geral dos Trabalhadores
(UGT), Instituto de Defesa da Cidadania (IDC) e Portal de Reclamações, para
verificar a série de denúncias apresentadas pelos consumidores, alguns bastante
abalados com situações como multas e cobranças em valores muito acima de suas
capacidades de pagamento.
Além da Celpa Equatorial,
devem ser convidados para a audiência representantes da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel); do Ministério de Minas e Energia; do Ministério
Público Federal no Pará; do Ministério Público do Estado do Pará; da Ordem dos
Advogados do Brasil, seccional PA; do Instituto de Defesa da Cidadania (IDC) e
do Procon/PA.
Fonte/Foto:
O Liberal/PPS
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