NOVO CASO DA FEBRE CHIKUNGUNYA 'IMPORTADO' FOI CONFIRMADO NO AM E PÕE FRONTEIRAS EM ALERTA
12 suspeitas de novos casos no estado já estão sendo
investigadas por meio das amostras enviadas para o Instituto Evandro Chagas em
Belém (PA)
Essa semana, o Amazonas teve
mais um caso confirmado de febre Chikungunya, novamente um turista, da
Venezuela, estava infectado pelo vírus. De acordo com o diretor técnico da
Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, 12 suspeitas de
novos casos no estado já estão sendo investigadas por meio das amostras
enviadas para o Instituto Evandro Chagas em Belém, no estado do Pará. O
resultado do exame deve ser revelado no mês de fevereiro.
“A nossa grande
preocupação é com o fim dessa época de férias, quando as pessoas que viajaram
retornarem. Caso estejam infectadas podem facilitar a entrada do vírus no Amazonas”, disse o diretor técnico.
Fronteiras
Segundo informações da
Organização Mundial da Saúde (OMS), atualizadas no dia 29 de dezembro de 2014,
o Amazonas precisa ter cuidado com as suas fronteiras já que os países
vizinhos, como a Venezuela e a Colômbia apresentam alto índice de pessoas
infectadas pelo vírus.Na Venezuela são 2303 casos confirmados, na Colômbia são
416 e 3 mortes. O Peru não representa uma ameaça hoje em dia.Apesar do Panamá
não fazer fronteira com o Amazonas é importante está atento aos índices de
infectados por lá, já que existe voo direto de Manaus para o país. Atualmente,
o Panamá teve 22 casos confirmados.No Brasil
O número de casos de Febre
Chikungunya no Brasil aumentou 65% num período de um mês e meio. O Amapá é o
estado brasileiro com o índice mais preocupante, com 1.146 casos, seguido pela
Bahia com 1.015 casos, depois vem o Distrito Federal com 3 casos confirmados e
o Mato Grosso Sul aparece com um. Ao todo são 2.258 pessoas infectadas.
Como evitar
A única maneira de fugir
da doença transmitida pela picada dos mosquitos Aedes aegypi e Aedes albopictus
é não deixar o mosquito se proliferar. Para isso, basta se livrar de qualquer
água parada.A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde
(Semsa), realiza o combate à Chikungunya e dengue informando a população. “É um
trabalho de conscientização da população
para que tomem as medidas que evitem a proliferação do mosquito Aedes aegypti”,
diz o secretário Homero de Miranda Leão.
Sintomas
Em seu portal, o médico
Drauzio Varela detalha os sintomas da nova febre que assusta o Brasil. Segundo
Drauzio, na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem
acompanhada de dor de cabeça, dor muscular, erupção na pele, conjuntivite e dor
nas articulações (poliartrite).
Ele ainda destaca que a
forte dor nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode
perdurar por meses depois que a febre vai embora. “Esse é o sintoma mais
característico da doença”.
Ao contrário da dengue
(que provoca dor no corpo todo), segundo o médico, não existe uma forma
hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite
possa continuar ativa por meses ou até anos.
Até agora foram 5 casos
confirmados de Chikungunya e, atualmente, 12 suspeitos, no Amazonas, todos são
“importados”, isto é, de pessoas que vieram de outros países, infectados pelo
vírus.
Prejuízo
O estado de alerta em
relação à proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue e da
Febre Chikungunya, preocupa a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas
(Fieam).
O Polo Industrial de
Manaus (PIM) é formado por 1.250 indústrias e depende de uma mão obra direta
composta por mais de 130 mil pessoas e um surto de uma dessas doenças poderia
causar prejuízos de até 50% na produção industrial do pólo. A afirmação é do
diretor de Comunicação e Marketing da Fieam, Paulo Roberto Pereira, quando
participou da abertura da campanha de combate ao mosquito Aedes Aegypti,
lançada em 2014 pela Prefeitura de Manaus.
“Se eu estiver tão doente
a ponto de não poder ir trabalhar, eu passo a ser uma estatística. Mas existe
uma coisa que muitos não percebem que é o presenteísmo, aquela incapacidade
improdutiva que tem o funcionário com um vírus desses. Sua produção cai 50%.
Então, ele não vira estatística como ausente na fábrica, mas sua produtividade
vai a níveis insustentáveis, e isso não aparece na estatística”, enfatiza
Pereira.
Fonte/Foto:
Cinthia Blink – ACRITICA.COM/Reprodução
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