CABANAGEM ESQUECIDA
- por Lúcio Flávio Pinto*
Passei quase um ano publicando matérias sobre a
cabanagem, preparando uma edição especial sobre a revolta popular para a data
da sua eclosão, 7 de janeiro (de 1835). O dia foi anteontem e apenas O Liberal
o registrou, em uma matéria apressada, que me permite achar que se “inspirou”
no Jornal Pessoal. E nada mais. É inacreditável.
Uma data redonda, como esses 180 anos, devia ser
aproveitada para lembrar o fato histórico, difundi-lo mais, estimular sua
abordagem por novos autores, reeditar obras importantes, promover debates e
assim forçar a literatura histórica nacional a mudar sua atitude de ignorância
colonial sobre o que aconteceu por aqui entre a falsa adesão à independência,
em 15 de agosto de 1823, e a anistia imperial, em 1840.
Mas se nem na Belém na qual tudo começou a memória já
é fugidia, quando não falsa, o que fazer?
- *Lúcio
Flávio Pinto - Jornalista
profissional desde 1966. Percorreu as redações de algumas das principais
publicações da imprensa brasileira. Durante 18 anos foi repórter em O Estado de
S. Paulo. Em 1988 deixou a grande imprensa. Dedicou-se ao Jornal Pessoal,
newsletter quinzenal que escreve sozinho desde 1987, baseada em Belém.
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