AMAZONAS: VEREADOR MASSAMI MIKI ASSUME MANDATO NA CÂMARA FEDERAL, REALIZA SONHO, E AINDA GANHA R$ 171 MIL SEM TRABALHAR
Vereador irá faturar R$ 171 mil sem trabalhar, já que,
em janeiro que conta como 'último mês de trabalho' da legislatura passada, a
Câmara não debate projetos nas comissões e nem realiza sessões e votações no
plenário
Prestes a assumir um
mandato relâmpago na Câmara Federal como segundo suplente de Henrique Oliveira,
o vereador Massami Miki (PSL) - foto - afirmou nesta segunda-feira (5) que se dispôs a
ocupar a vaga porque “sempre tive sonho de ser deputado federal”. Em um mês,
Massami irá faturar R$ 79,1 mil sem trabalhar, já que, em janeiro, a Câmara não
debate projetos nas comissões e nem realiza sessões e votações no plenário.
"Eu sempre tive o
sonho de ser deputado federal, é um sonho meu. Tanto que nunca me candidatei a
deputado estadual, só a federal. Então, eu gostaria de realizar, nem que seja
por apenas 20 dias, assim como também já fui prefeito em exercício. São coisas
que ficam no meu currículo”, disse o vereador ao A Crítica, por telefone.
Até o fim da tarde de
segunda, o ex-secretário municipal de Educação (Semed), Humberto Michiles
(PSDB), ainda não havia se licenciado do mandato que tomou posse na última
sexta-feira (2). O tucano é o segundo suplente do ex-deputado Henrique Oliveira
(SDD), que deixou a bancada para tomar posse como vice do governador José Melo
(Pros) na semana passada.
O acordo é que Michiles
peça afastamento tão logo assuma o mandato na Câmara para que Massami Miki
possa ocupar a vaga sem precisar renunciar a cadeira na Câmara Municipal de
Manaus (CMM). A manobra impede que o PT, dono da quarta suplência, assuma a
vaga e recompensa Massami por ter votado a favor do prefeito Artur Neto (PSDB)
na disputa pela presidência da CMM.
Por um mês de mandato,
Massami irá faturar R$ 171 mil com o Congresso totalmente paralisado. Além do
salário de R$ 26,7 mil, ele terá direito a mais R$ 78 de verba de gabinete, R$
39 mil de Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) e da ajuda de
custo no início e no fim da passagem, no mesmo valor do salário.
O vereador diz que tem
planos para o mandato relâmpago. “O congresso não precisa funcionar. Eu quero
ao menos ir até o Ministério da Cultura para deixar registrada a proposta de
criar o museu da Zona Franca de Manaus. Não há nada que conte essa história na
cidade”, declarou.
O oposicionista é o
segundo beneficiado pela emenda à Lei Orgânica do Município (Loman), aprovada
em 2013, que permite que vereadores assumam vagas no Congresso, quando há
licenciamento, sem precisar renunciar ao mandato. O primeiro foi o vereador
Plínio Valério (PSDB), terceiro suplente do deputado Paurdeney Avelino (DEM).
Fonte/Foto: Raphael
Lobato – acrítica.uol.com.br/Maris Sannes
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