RANKING NEGATIVO: REGIÃO NORTE FICA EM ÚLTIMO NO RANKING DO ENEM 2013
O Pará está entre as piores avaliações da prova do
Enem do ano passado, da Redação à Matemática
O baixo investimento na educação do Pará mostrou seus
reflexos no ranking das escolas com melhor desempenho no Enem 2013
Para se ter uma ideia, a
escola melhor avaliada no ranking ocupa a 382ª posição: o colégio Equipe,
seguindo pelo Tenente Rego Barros (617ª) e o colégio Marista (900ª). Nenhuma
delas é estadual. Já pior, a São José, é estadual e fica em Marabá, no sul do
Pará, uma das regiões esquecidas pelo governo. A escola está entre as últimas
da lista, na posição 14.709.
Já a região Norte ficou em
último lugar no ranking. Das 100 escolas que estão no ranking, apenas uma é do
Norte. Já a região Sudeste concentra 77 escolas entre as 100. Os dados foram
divulgados nesta segunda-feira (22) pelo Inep, órgão do Ministério da Educação
responsável pelo exame.
Destas, 28 ficam em São
Paulo, 23 no Rio de Janeiro e 22 em Minas Gerais. No ano anterior, essa
concentração era ainda maior, com 84 escolas entre as 100 melhores.
O Nordeste fica em segundo
lugar no ranking, com 17 escolas entre as 100 melhores na avaliação. Em
seguida, aparecem as regiões Centro-Oeste (três escolas), Sul (duas escolas) e
Norte (uma escola).
A escola com o melhor
desempenho no exame no país é o colégio Objetivo Integrado, que fica na capital
paulista. A unidade, que pertence à rede particular e também liderou o ranking
no ano anterior, teve média de 741,94 na nova avaliação.
Para calcular as médias
das escolas, a reportagem considerou as quatro provas objetivas do Enem -
linguagens e códigos, matemática, ciências humanas e ciências da natureza.
Ao todo, 14.715 escolas
compõem o ranking. Entre as 100 escolas com melhor desempenho no Enem, 93 são
da rede particular.
Outras seis são federais e
uma é estadual (o instituto de aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, da
UERJ, em 99ª posição do ranking).
Uma novidade entre os
dados do Enem neste ano é a avaliação por nível socioeconômico, indicador
composto pela média do nível socioeconômico dos seus alunos. Neste caso, todas
escolas que estão entre as 100 melhores possuem alunos com nível “muito alto”
ou “alto”.
Em todo o país, 4,9 mil
escolas tiveram média abaixo de 500 na nota da redação do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) de 2013.
Elas representam pouco
mais de um terço (33,87%) do total de 14,7 mil escolas, cujos resultados foram
divulgados hoje (22). Com essa nota, tais instituições são classificadas no
nível 1, o mais baixo, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova.
Em relação ao desempenho
individual, mais da metade dos alunos de 3,9 mil escolas tiveram nota inferior
a 500 - nota mínima exigida para que o aluno obtenha o certificado de conclusão
do ensino médio. A nota máxima é 1 mil.
Na outra ponta, apenas 16
escolas tiveram 800, ou mais, na média da nota da redação, o que corresponde ao
nível 5, o maior na escala do Inep. No total, 9,1 mil escolas tiveram alguma
porcentagem de estudantes no nível 5. Apenas 39 tiveram mais da metade dos
alunos nesse nível.
A redação é a única parte
do exame em que os alunos têm de escrever. As demais provas são de múltipla
escolha. Em 2013, o tema da redação foi Efeitos da Implantação da Lei Seca no
Brasil.
A correção da prova de
redação avalia cinco competências: domínio da norma padrão da língua escrita;
compreensão da proposta de redação; capacidade de selecionar, relacionar,
organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de
um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à
construção da argumentação; elaboração de proposta de intervenção para o
problema abordado, respeitados os direitos humanos.
Neste ano, o Inep
acrescentou novos componentes na divulgação das notas, o nível socioeconômico e
a formação docente. Além da média dos 30 melhores estudantes da instituição.
Nas escolas em que mais da
metade dos estudantes ficou no nível 1, a maior parte dos alunos têm nível
socioeconômico médio baixo ou médio. Esse indicador é calculado a partir do
nível de escolaridade dos pais e da posse de bens e contratação de serviços
pela família dos alunos.
Para o presidente do Inep,
Francisco Soares, de modo geral, os resultados são semelhantes aos de anos
anteriores. “A seleção tem excelentes alunos e tem alunos com baixo desempenho,
como em qualquer levantamento. O que existe de novo é que estamos qualificando
[os resultados].”
Segundo ele, o nível
socioeconômico é importante para que possam ser desenvolvidas políticas para
melhorar o aprendizado.
Fonte/Foto: Diário
do Pará
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