REFLEXÕES SOBRE O FESTIVAL FOLCLÓRICO DE PARINTINS



"A proposta divide opiniões por sinal sempre apaixonadas por parte dos torcedores"
Eduardo Gomes
Estamos assistindo através das redes sociais a discussão sobre possíveis mudanças no Festival Folclórico de Parintins. A principal proposta colocada na mesa entre os dirigentes dos dois bumbás mais famosos do Norte, Caprichoso e Garantido é a redução de três para dois dias nas apresentações dos bumbás.
A proposta divide opiniões por sinal sempre apaixonadas por parte dos torcedores.
A ideia de reduzir o número de dias das apresentações não é nova. É bom que isso fique bem claro. Ela foi aventada pela primeira vez salvo engano em 2003, onde após a realização do Seminário de Revisão Crítica do Festival. Optou-se pela mudança nos dias do festival. Deixou de ser o tradicional, 28, 29 e 30, para a última semana do mês de junho.
A mudança de datas deve-se em parte ao fato de o Festival vir perdendo público. Aquela febre de milhares de pessoas desembarcando em Parintins nas décadas de 90, período ápice do festival começou a se esvair.
O problema do Festival Folclórico de Parintins não está na quantidade de dias de apresentação dos bumbás. Em outras regiões do País, os eventos de cultura popular permanecem inalterados, como as festas juninas no Nordeste, os Bumbás maranhenses e até o carnaval carioca.
O cerne da questão em Parintins está na falta de responsabilidade de algumas cabeças coroadas que resistem em encarar o festival como um produto cultural e como tal merece ser tratado com responsabilidade. Não é meio de vida.
Dizer que a diminuição dos dias tem por objetivo reduzir custos soa estranho quando se tratada do universo bovino.

TEM QUE ACABAR É COM OS GRACIOSOS PEDIDOS DE INDENIZAÇÕES MOVIDOS CONTRA AS DUAS ASSOCIAÇÕES FOLCLÓRICAS POR PESSOAS DE MÁ FÉ PRINCIPALMENTE QUANDO HÁ MUDANÇAS NAS DIRETORIAS; QUE OS PRESIDENTES QUE ESTÃO EM FINAL DE MANDATOS DEIXEM DE ASSINAR CERTAS CONFISSÕES DE DÍVIDAS; QUE CUMPRAM OS EVENTUAIS ACORDOS FEITOS NA JUSTIÇA; QUE ACABEM COM A FARRA DE ALGUNS “SALÁRIOS” GRACIOSOS PAGOS A PESSOAS QUE NÃO TRABALHAM NOS BUMBÁS (JÁ TIVEMOS EM TEMPOS PASSADOS PAGAMENTO DE SALÁRIOS PARA CERTAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS COM CINCO OU MAIS DÍGITOS); POR FIM A COMPRAS SUPERFATURADAS NOS BOIS QUE EM CERTOS CASOS SUPERA 300 POR CENTO DO VALOR DE MERCADO; ACABAR COM OS DESVIOS DE MATERIAIS ADQUIRIDOS PARA A PRODUÇÃO DO BOI DE ARENA; E MUDAR O ESTATUTO DOS BUMBÁS INTRODUZINDO DISPOSITIVO NO QUAL O PRESIDENTE E DEMAIS MEMBROS DIRETORIA SÃO OS RESPONSÁVEIS SOLIDÁRIOS PELAS DÍVIDAS CONTRAÍDAS E NÃO A ASSOCIAÇÃO.

Em relação ao boi de arena, as duas associações precisam se reinventar. A atual fórmula já demonstra cansaço. Hoje tanto um quanto outro são muito previsíveis em suas apresentações. É a mesmice. O elemento surpresa deixou de ser utilizado. Os bumbás precisam inovar para voltar atrair as atenções.

Fonte: tadeudesouza.com.br

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.