EXPLICANDO O INEXPLICÁVEL: EM SANTARÉM, PRESIDENTE DA CELPA EXPLICA SOBRE AUMENTO DE ENERGIA
Ele reuniu com representantes da Aces, Sirsan e
Sindilojas.
Aneel autorizou REAJUSTE
DE 34,96% na conta de energia elétrica.
O presidente da
concessionária de energia elétrica Celpa Equatorial, Raimundo Nonato, se reuniu
em Santarém, oeste do Pará, nesta terça-feira (5) com representantes da
Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces), Sindicato Rural de
Santarém (Sirsan) e Sindicato dos Dirigentes Lojistas (Sindilojas) para tratar
sobre o reajuste na tarifa de energia no Estado.
A Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) autorizou o aumento médio de 34,96% na conta. O
reajuste começa a valer a partir da quinta-feira (7). “É um aumento realmente
alto, mas tudo isso é um problema conjuntural. O aumento da Celpa nesse total,
é um 1,6%, que é a parcela que gerencio. Todo o restante é energia e encargos
setoriais. Vou dar um exemplo: numa conta de R$ 710, ficam com a Celpa R$ 173.
O resto são encargos, energia, tributos”, justificou Nonato.
De acordo com o presidente
da Aces, Alberto Oliveira, a entidade deve se esforçar ao máximo para que o
consumidor sinta o reajuste o mínimo possível. “Tentar equacionar nossos custos
para repassar o mínimo possível ao consumidor final, porque ele já vai ser
penalizado com o próprio aumento da tarifa a partir de setembro”, afirmou.
Aumento
Para os consumidores
residenciais atendidos pela Celpa, a alta média é de 34,34%. Já para a
indústria, ela é de 36,41%.
Os índices aprovados pela
Aneel funcionam como um teto, ou seja, o limite para o reajuste que a
distribuidora pode aplicar. Entretanto, a empresa tem autonomia para repassar
aos consumidores um percentual menor.
As distribuidoras passam todos
os anos por um processo de reajuste de suas tarifas, que pode levar a aumento
ou queda dependendo do que for apurado pela Aneel. Em 2014, a agência vem
autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país nos
últimos meses, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais
hidrelétricas do país.
No caso da Celpa, informou
a Aneel, o custo médio com a compra de energia aumentou 43% nos últimos meses,
o que explica o reajuste autorizado nesta terça. As distribuidoras não lucram
com a compra de energia dos geradores, mas sim com o serviço de levá-la até os
consumidores. Entretanto, podem repassar todo o custo para as tarifas.
Maior reajuste desde a
privatização
Um levantamento feito pelo
Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o
aumento médio de 34,9% na cobrança energia elétrica, autorizado pela Aneel nesta terça-feira (5), será o maior reajuste
de preços feito pela Celpa desde a privatização da concessionária, em 1998.
(Veja tabela de reajustes)
A Celpa havia encaminhado
ofício pedindo um reajuste ainda maior, na casa de 37%, durante o mês de julho.
De acordo com a concessionária, o aumento na cobrança era uma necessidade já
que a crise nacional do setor energético encareceu a produção de energia, que é
comprada pela empresa em leilões do governo federal.
Fonte/Foto: g1.globo.com/Shirley
Penaforte


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