ARTIGO: CAMPANHA 2014 NO PARÁ: SEPARATISMO FORA DE PAUTA



*por Manuel Dutra
A partir do dia 19, como em todas as campanhas eleitorais, os candidatos vão falar de muitas coisas para dizer poucas coisas, quase sempre nada. Vão dizer que vão lutar pela “segurança”, pelo “saneamento”, pela “educação”, pela “transparência”.
Nenhum eleitor dirá ser contrário a esse tipo de discurso velho e recorrente, pois todos querem as suas cidades e os seus estados em melhores condições. São palavras politicamente corretas, apenas os candidatos não indicam como vão lutar por segurança, saneamento, etc.
Nem dirão o que eles pensam ser a “educação” e a “transparência”. Nem de onde vão tirar dinheiro para os anunciados programas de “bom governo”.
Utilizando palavras universalmente aceitas, os políticos nos enganam, sem detalhar o que pensam e o que, efetivamente pretendem fazer com seus eventuais mandatos. Se dissessem, a grande maioria sequer seria candidato ou candidata.
Logo, nada de substancial estará nos programas de rádio e TV que começam dentro de 12 dias. Por exemplo, o candente tema do separatismo no Pará não vai aparecer em nenhum programa do período eleitoral. E não vai aparecer porque os “separatistas” são, acima de tudo, oportunistas.
Nem mesmo levarão em conta o elevadíssimo índice do SIM verificado no plebiscito de novembro de 2011, superando os 90% nas principais regiões que desejam – e continuam desejando – separar-se do Pará para formarem novos Estados.
Os políticos do sudeste do Pará provavelmente dirão alguma coisa no rádio e na TV, mas os do Tapajós … destes o eleitor nada espere, pois as “lideranças” do chamado Oeste do Pará são historicamente reverentes aos grupos de poder tradicionais centrados na capital, aos quais sempre obedecem como cordeiros e contra os quais nunca lutaram nem lutarão.
As “lideranças” do Oeste há décadas esperam que o Estado do Tapajós lhes seja oferecido na bandeja, como um presente. Aliás, no plebiscito, o projeto que foi à consulta popular foi elaborado por um senador de Roraima, que sequer conhece a história e o presente dessa região paraense.
Neste link, a íntegra do artigo.
Fonte/Foto: publicado originalmente em jesocarneiro.com.br

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