PAC NO PARÁ: SETE ANOS DEPOIS, OBRAS NÃO AVANÇAM
Para o presidente do Trata
Brasil, Édison Carlos, os atrasos no PAC são comuns, mas, no caso de
saneamento, o efeito é mais grave por apontar demandas antigas da população.
“Estamos tratando de um problema que necessita de solução desde o século XIX.
Estamos falando de esgoto, água potável, tratável e retornável. É por isso que
frisamos que essas obras, dentro dos governos federal, estaduais e municipais,
deveriam ter um foco maior”, ressalta.
As razões dos atrasos e
paralisações em cada programa são diferentes. Para o especialista, enquanto o
PAC 1 enfrentou atrasos pela má qualidade dos projetos apresentados, o PAC 2
enfrenta a burocracia de os recursos chegarem às obras.
O presidente executivo do
Trata Brasil, afirma: “É crítico ver que quase sete anos após lançado o PAC
ainda temos muitas obras que simplesmente não avançam. É preciso um olhar mais
rigoroso por parte de prefeitos e governadores no sentido de intervir nessas
obras mais antigas. A população precisa que esses projetos sejam entregues para
que tenham reflexos mais rápidos na qualidade de vida”.
Por nota, o Ministério das
Cidades aponta ‘múltiplas questões’ para os atrasos, sendo o mais grave o nível
dos projetos de engenharia contratados pelos executores das obras. Como
punição, o ministério diz restringir o acesso a novos recursos a estados e municípios
com baixo desempenho na execução de obras e estabelecer prazos limites de até
dois anos.
O ministério disse ainda
que, nas capitais com baixos índices de saneamento básico – como é o caso de
Belém -, a iniciativa adotada foi conceder apoio técnico e financeiro para
auxiliar os governos estaduais e municipais na elaboração de projetos de engenharia.
Segundo o órgão, o Estado do Pará possui uma carteira de 22 projetos de
engenharia em desenvolvimento, com investimentos que somam R$ 51,8 milhões, dos
quais R$ 23,7 milhões serão investidos na capital.
Fonte: Diário
do Pará
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