JUSTIÇA DO AM ACEITA DENÚNCIA CONTRA PREFEITO AFASTADO DE COARI POR ESTUPRO
Seis servidores, entre eles secretários, foram
denunciados por aliciamento.
Grupo está preso desde fevereiro; todos foram
afastados dos cargos.
O Tribunal de Justiça do
Amazonas (TJAM) aceitou, nesta terça-feira (3), denúncia contra o prefeito
afastado de Coari, Adail Pinheiro (PRP), e seis funcionários da prefeitura
municipal, por estupro de vulnerável e aliciamento de menores. O político é
apontado como chefe de uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes
no município, e teve os casos expostos em reportagens do programa Fantástico,
da Rede Globo, desde o mês de janeiro. Ele e outros cinco acusados estão presos
na capital desde o dia 8 de fevereiro.
A denúncia foi aceita por
unanimidade durante sessão do Pleno do TJAM nesta terça. Eles votaram ainda
pela manutenção da prisão de Adail e das outras cinco pessoas presas: o
secretário de Terras e Habitação, Francisco Orimar Torres de Oliveira, o chefe
de gabinete da prefeitura Eduardo Jorge de Oliveira Alves, Anselmo do
Nascimento Santos, que seria motorista do prefeito, assessor particular Elias
do Nascimento Santos, e a funcionária da Secretaria de Cultura do município,
Alzenir Maia Cordeiro.
De acordo com a denúncia
do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), sete pessoas integravam a
suposta quadrilha. No entanto, somente seis deles tiveram prisão solicitada.
Segundo o procurador-geral de Justiça, Francisco Cruz, no dia 27 de dezembro de
2013 o MPE recebeu denúncias de violência sexual contra menores de idade
envolvendo o nome de Adail e de outras pessoas. As denúncias geraram inquérito,
o que levou o prefeito de Coari a ser ouvido pelo MP no dia 29 de janeiro deste
ano.
As vítimas, de acordo com
o promotor responsável pelo caso, Fábio Monteiro, eram crianças com idade entre
nove e 11 anos. Servidores públicos, de acordo com o MP, realizavam as
abordagens. "Segundo vítimas e familiares ouvidos, servidores, a mando do
prefeito, ofereceram diversos bens, como casas, terrenos e dinheiro em troca
das meninas", revelou.
Com a denúncia aceita, o
TJAM deverá ouvir vítimas, testemunhas e os suspeitos. Não há data prevista
para realização do julgamento do caso.
Fonte/Foto:
Marina Souza – G1 AM/Divulgação - Policia Civil
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