CRÔNICA DO MONTE JÚNIOR

SEXO NA ETERNIDADE


Eles se conheceram em meio a uma eufórica comemoração. Tinham logrado êxito no curso que iriam fazer em Londres. Ela norte-americana, ele mexicano. 18 e 19 anos de idade. E a festa passou imediatamente para o namoro, para a afeição física. Foram para a sacada do apartamento dela, sexto andar de um vistoso prédio residencial de Londres. O clima de emoção, todas as futuras vitórias avistadas no horizonte, e o amor... o tesão... o querer... E, em um solene tributo  à liberdade, começaram a fazer sexo no parapeito da sacada do apartamento. Não interessava se tinha alguém olhando, nada ! O importante era aquele momento de felicidade e de prazer que fluía em suas veias... O parapeito não resistiu à força do amor e eles caíram do sexto andar... em plena função sexual ! Caíram... um dentro do outro... com todo o prazer despencando com eles, deixando um rastro de amor no ar !
Morreram ! Amando... sem perceberem a morte chegar. O que sentiam? Tenho certeza que era o prazer, o gozo que ficou no espaço e para a eternidade ! Foi e será sexo na eternidade!
Os jovens também morrem assim. Amor meteórico e fatal, é raro, mas acontece.



*Dr. Antonio Monte Júnior é natural de Nhamundá-AM, onde reside. É advogado, por formação, e atua em todo o Amazonas. Além de cronista, articulista e poeta, lógico. Publica suas crônicas regularmente em <amazôni@contece>.

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