MANAUS-AM: MUSICA FRANCESA NO SÉCULO XX É TEMA DA SEGUNDA SESSÃO DE RECITAIS BRADESCO

A segunda sessão da série recitais Bradesco, que será realizada nesta segunda-feira, 28, vai homenagear a produção de quatro grandes compositores franceses do século passado: Maurice Ravel (1875-1937), Henri Tomasi (1901-1971), Francis Poulenc (1889-1963) e Erik Satie (1866).
A apresentação integra a programação do XVIII Festival Amazonas de Ópera, evento realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura, iniciado no último domingo e que segue até o dia 4 de junho com concertos, espetáculos, recitais e mesas redondas.
A execução das composições ficou a cargo do pianista André dos Santos e da soprano Isabelle Sabrié. Nesta apresentação, o público poderá conferir o refinamento de Ravel em “Cinq Mélodies Populaires Grecques”, “Tristan Klingsor” e “Shéhérazade”; a sintonia entre harmonia e ritmo de Tomasi em “Francis Didelot/Pierre Benoît”, “L´Atlantide” e “Mélodis Populaires Corses” e as harmonias raras de Poulenc em “Banalités”, cujas canções baseiam-se em textos do poeta Guillaume Apollinaire (1880-1918). O minimalismo de Satie encerra o programa com “La Diva de l´Empire” e “Intermezzo américain”.
“Essas canções expressam o fascínio dos compositores franceses pelo mundo estrangeiro”, explica Sabrié.
A série recitais Bradesco acontece às segundas-feiras, a partir das 20h, no Teatro da Instalação (exceto no dia 27 de maio, data da última sessão). A entrada é gratuita.
OUSADIA E INOVAÇÃO
Considerado o último mestre clássico da música europeia, o compositor e pianista francês Maurice Ravel (1875-1937) tornou-se internacionalmente conhecido pela obra “Boléro”, de 1928. Suas composições, marcadas pela complexidade técnica e o ecletismo, são inspiradas em temas ligados à fantasia, contos de fadas e magia.
Entre suas obras mais notáveis, destacam-se “Sonata para Violino e Violoncelo”, “Shéhérazade”, o balé “Daphnis et Chloé” e “Concerto de piano para mão esquerda”. Faleceu em 1937, cinco anos após sofrer um acidente que lhe deixaria sequelas permanentes.
Compositor e maestro francês de ascendência corsa, Henri Tomasi (1901-1971) foi diretor da Rádio Nacional Francesa durante a década de 1930. Compôs 130 obras, entre óperas, canções, trilhas sonoras, música sacra, concertos e peças para orquestra. Sua música revela influências de gêneros como jazz e música folclórica. É daí que surge outra característica curiosa de sua obra: a utilização de instrumentos raramente associados à
música erudita tradicional, como o saxofone, contrabaixo, violoncelo e oboé. Entre as óperas compostas por Tomasi estão “Don Juan de Mañara” (1944), “L'Atlantide”(1951), e “Ulysse” (1961). Faleceu em 1971, enquanto trabalhava numa ópera baseada em “Hamlet”, de William Shakespeare.
O compositor e pianista francês Francis Poulenc (1889-1963) integrou, ao lado de  Darius Milhaud, Georges Auric, Arthur Honegger, Germaine Tailleferre e Louis Durey, o chamado “Grupo dos Seis”. O movimento, iniciado nos anos 1920, pretendia renovar a música por meio de um retorno à abordagem menos intelectualizada e distante do impressionismo que predominava naquele período. Poulenc compôs canções, música de câmara, oratórios, óperas, música orquestral e importantes peças para piano.
A recusa à grandiloquência e os títulos extravagantes tornam a música do compositor francês Erik Satie (1866-1925) um caso singular na história da música erudita. Após uma breve temporada como aluno no Conservatório de Paris, Satie tornou-se pianista de cafés, passando a frequentar a boêmia do bairro de Montmartre. Sua concepção minimalista influenciou importantes nomes da vanguarda musical, como Debussy e John Cage. A parte mais característica da produção de Satie compreende as obras “Trois sarabandes”, “Trois gymnopédies” e “Trois gnossiennes”, compostas para piano entre 1887 e 1890.

Fonte: Press Comunicação

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