EMPRESÁRIOS APROVAM ATRATIVOS TURÍSTICOS DE MONTE ALEGRE-PA
Avaliação foi feita após tour de familiarização
realizado na semana passada
“Este com certeza é um
destino que podemos considerar top, que realmente possui um potencial muito
grande de atrair aquele viajante que não quer ir para um local já consolidado
na rota turística”. A análise é do empresário Gelderson dos Anjos, um dos
convidados para participar do famtour (tour de familiarização) realizado de 17
a 21 de fevereiro no município de Monte Alegre, região Oeste do Pará. A
iniciativa de levar dos empresários é parte do projeto “Almeirim Sustentável:
um novo paradigma de município verde”, do Instituto Floresta Tropical (IFT) em parceria
com Instituto Peabiru e patrocínio do Fundo Vale.
Um dos locais mais
completos de Ecoturismo da Amazônia, o município possui atrativos desconhecidos
até mesmo para quem mora no Pará. E foi para mostrar as belezas naturais e
culturais do município e comunidades do entorno do Parque Ambiental de Monte
Alegre (PEMA), que a comitiva composta por empresários, formadores de opinião e
representantes de órgãos governamentais visitou o local. “Nossa ação colabora
para transformar o local em um importante destino turístico. Certamente quem
for a Santarém e Alter do Chão também deveria vir a Monte Alegre”, explica o
coordenador do projeto Almeirim Sustentável no Instituto Peabiru, Richardson
Frazão.
E atrativos não faltam.
São pontos que deslumbram o turista com a riqueza histórica embutida nas artes
rupestres pré-colombiana com mais de 10 mil anos pintadas em paredões de rocha
localizados no topo das serras que compõem a paisagem do PEMA. Vistas únicas
para um distante horizonte que proporcionam uma vista exclusiva do Rio
Amazonas, cachoeiras e um grande conjunto de formações geológicas, que
juntamente com a imersão do turista no dia a dia das comunidades próximas, com
a oportunidade de conhecer a cultura e culinária local, fazem de Monte Alegre
um destino com grandes chances de entrar na rota das empresas de turismo
exótico e de aventura.
BENEFÍCIOS PARA
COMUNIDADES - No entanto, é no benefício para as comunidades que vivem no
entorno do Parque que mora o principal objetivo da realização do famtour e do
fortalecimento da região como um destino turístico. A geração de renda
complementar a partir do ecoturismo, o fortalecimento da organização social
local e a chance de aproveitar todos os ganhos que o turismo pode proporcionar,
é o motivo que está por trás da iniciativa.
“No ano passado as
comunidades participaram de oficinas e cursos de formação para a construção
roteiros e outros negócios voltados para o turismo. A ideia é proporcionar uma
geração de renda complementar. No final, queremos que as ações fortaleçam as
capacidades humanas locais e a melhoria da organização social”, lembra
Richardson.
Um das ações foi a
capacitação de “Agentes de Ecoturismo de Monte Alegre”, realizada pelo
Instituto Peabiru, com patrocínio da Tam Linhas Aéreas S/A, no segundo semestre
de 2013. “Eu tava muito ansioso para que
chegasse o momento desse famtour. Nós participamos de oficinas e quem nos deu
esse ensinamento quer ver o que aprendemos. Acredito que tudo deu certo, apesar
de termos pontos a melhorar, claro”, comenta Magno Roberto, 28 anos, condutor
de atrativos naturais da comunidade do Ererê.
“Vejo que a principal
transformação aqui na comunidade foi a valorização da cultura local, o que tava
meio esquecido. Então a gente tá nesse processo de resgatar a nossa história,
pra ter como socializar com as pessoas que vem praticar o turismo na região.
Isso principalmente entre os jovens”, relata Magno.
Para Patrícia Messias,
Gerente da APA Pay-Tuna e do PEMA, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente
(SEMA), a consolidação da região como polo turístico passa justamente pelo
fortalecimento das comunidades. “O potencial turístico da região existe, não é
algo novo. O que é novo é esse trabalho com as comunidades, essa união entre os
órgãos públicos, o terceiro setor e o setor privado para tornar Monte Alegre um
destino na rota do turismo nacional e mundial. E a expectativa é isso se
fortaleça. Daí a importância d as comunidades se prepararem para que não se
sintam fora do processo. E isso é algo que já estamos fazendo há algum tempo em
parceria com o Peabiru e outras instituições”, explica Patrícia.
Sobre o Instituto Peabiru
Com a missão de valorizar
a diversidade cultural e ambiental e apoiar processo de transformação social na
Amazônia, o Instituto Peabiru é uma organização da sociedade civil de interesse
público (OSCIP) que busca facilitar o desenvolvimento social através de ações
participativas junto aos públicos de interesse.
Desta forma, há 15 anos o
Instituto Peabiru atua na Amazônia Oriental, em especial o Pará e o Amapá, e
trabalha como facilitador para que comunidades e organizações da sociedade
civil local alcancem maior capacidade de agir, reclamar os seus direitos e
exercitar sua completa cidadania.
Com sede na capital
paraense, Belém, e escritórios em Ponta de Pedras, no Marajó, o Instituto
Peabiru realiza projetos e iniciativas com o desafio de construir relações
duradouras que proporcionem um caminho de desenvolvimento local,
responsabilidade socioambiental corporativa e cadeias de valor inclusivas junto
ao público de interesse da OSCIP. São públicos de interesse as populações
rurais, especialmente os povos e comunidades tradicionais, quilombolas e
indígenas, bem como organizações da sociedade civil e empresas atuantes no
território.
Fonte/Fotos:
Instituto Peabiru/Priscila Orlandim - Tiago Chaves
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