CHEIA DOS RIOS PURUS E JURUÁ CAUSAM ESTRAGOS EM MUNICÍPIOS DO AMAZONAS
Quatro prefeituras decretaram estado de emergência em
função de problemas com a subida das águas
Os municípios de Envira,
Guajará, Ipixuna e Boca do Acre, nas
calhas dos rios Purus e Juruá,
estão em estado de emergência, em decorrência da enchente deste ano,
segundo informou ontem o secretário da Defesa Civil Estadual, Roberto Rocha. De
acordo com ele, no máximo até a próxima semana as águas começam a massacrar
mais municípios da calha do rio Madeira.
Ele lembra que até
Humaitá, que é o município mais alto da calha do Madeira, já foi atingido pela
subida das águas. “Em décadas passadas os desastres naturais eram mais raros
que agora. Por exemplo, tivemos uma grande cheia em 2012 e temos previsão de outra, de grandes
dimensões, este ano”, afirmou o secretário.
Apesar da ameaça de outro
desastre natural no Amazonas, Roberto Rocha garante que a força tarefa
comandada pela Defesa Civil está preparada para enfrentar qualquer adversidade.
“Como membro também do Conselho Nacional de Gestores solicitei uma aeronave para atender os
municípios mais distantes. Somos um Estado continental, então não é fácil enfrentar
os fenômenos naturais, cada um com dimensões diferentes”, reconhece.
Defesa Civil criticada
Membro da diretoria da
Central Única das Comunidades, Alexandre Simões, criticou a Defesa Civil
Estadual que, segundo ele, não teria convidado as comissões municipais para
participar da Conferência marcada para os dias 21 e 22 deste mês para tratar
das cheias dos rios da Amazônia.
Indagado sobre o assunto,
Roberto Rocha disse que a informação é infundada e, ao contrário do que afirma
o líder, foram convidados representantes de vários municípios.
“A participação é aberta a
todo mundo. Mas tem que saber se eles se preocuparam em fazer as conferências
municipais para depois participar da nacional. Numa resposta por escrito que
estou mandando a esse rapaz eu lembro que, de janeiro a abril quase todos os
municípios estão alagados e que o pessoal da defesa civil tem muito mais o que
fazer em seus municípios”, afirma Rocha.
Ritmo é normal, diz
engenheiro do porto
O engenheiro Valderino
Pereira, responsável pelo controle do nível de água do rio Negro no Porto
Privatizado de Manaus, informou que a cota de ontem era de 23m91 e que no dia
anterior o nível havia subido quatro centímetros.
Em relação à mesma data do
ano passado o rio Negro encheu oito centímetros a mais.
A diferença total até
ontem era 69 centímetros, um dado que segundo Valderino, pode ser considerado
dentro da média. No início do período da enchente a diferença chegou a 3m39,
mas depois diminuiu o ritmo.
O pico máximo registrado
em 2013 foi de 29m33, isto é, 5m42 a mais que marca registrada ontem. “As águas
do rio Negro vão continuar subindo até meados de junho e inicio de julho, mas
ainda é cedo para fazer previsões. Estamos torcendo para que a média continue
descendo”, disse Valderino.
Fonte/Foto:
Nelson Brilhante – acrítica.uol.com.br/Evandro Seixas
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