EM BELÉM-PA PLACAS ESTAMPAM ERROS GRAMATICAIS
Ainda que a regra
gramatical tenha sido aprendida já há bastante tempo, o taxista Roberto Barbosa
não esquece. “Antes de ‘p’ e de ‘b’ só se usa ‘m’. Essa é a regra”. Apesar da
clareza da expressão usada por muitos professores do ensino fundamental há
tempos atrás, o que se percebe em uma placa de identificação instalada pelo
próprio poder público municipal em uma esquina de Belém é um erro grosseiro.
“Rua Presidente Pernanbuco”.
Longe de ser a única com a
grafia errada dentre as que identificam os endereços, em uma volta pelas ruas
da capital paraense é possível perceber outros erros gramaticais em placas
encomendadas pela própria Prefeitura Municipal de Belém (PMB). Acostumado a
trabalhar no ponto de taxi próximo à esquina da Rua Presidente Pernambuco com a
avenida Conselheiro Furtado já há 13 anos, Roberto Barbosa ainda não se
acostumou com a falha impressa na placa. “Aí tá escrito Rua Presidente
Pernanbuco, com ‘n’ mesmo. A gramática não erra. Isso aí é erro de quem fez
essa placa aí”, acredita. “Isso aí eu acho que é erro gramatical mesmo”.
Ainda sem acreditar que
tal erro possa partir da própria administração pública, o aposentado Luiz
Rodrigues chega a duvidar da regra também lembrada ainda dos tempos do colégio.
“Já faz muito tempo, não me lembro bem, mas sabia que não se usa ‘n’ antes de
‘b’”, considera. “Mas Presidente Pernambuco é o nome da pessoa, não sei se a
regra vale também para nome próprio. Não é possível que colocassem errado”.
Ortografia
Para além da discussão
sobre as consoantes que devem anteceder outras, a sequencia de placas
equivocadas na avenida Assis de Vasconcelos não deixa dúvida do desconhecimento
da ortografia correta. Em todas as placas instaladas nas esquinas das ruas Ó de
Almeida, Senador Manoel Barata, Gaspar Viana, a grafia que se lê é
‘Vasconselos’, com ‘s’ no lugar de ‘c’.
Às proximidades, no bairro
do Umarizal, outra placa de identificação chama a atenção pela ausência do
acento agudo no ‘a’. “Rua Curuça”. Na Cidade Velha, a ausência identificada é a
do ‘c’ na escrita da Rua Félix Rocque, que passa a ser “Félix Roque”. “Isso aí
tinha que ser visto porque é um absurdo o próprio poder público escrever o nome
das ruas errado”, opina o aposentado Luiz Rodrigues. “A nossa língua já é tão
desvalorizada”.
Fonte/Foto: Diário
do Pará/Cezar Magalhães
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