VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: PARÁ BATE RECORDE EM DENÚNCIAS
O Pará ocupa o segundo
lugar entre as Unidades da Federação que recebem mais chamadas pela Central de
Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres
da Presidência da República. De janeiro a junho deste ano, a taxa de registro
alcançou 458,40 por 100 mil mulheres, mantendo o Pará na segunda posição do
levantamento, a exemplo do mesmo período de 2012, quando apresentou 515,94.
Confrontados os dois períodos, houve redução de 11,15% no número de chamadas
por 100 mil mulheres.
No primeiro semestre deste
ano, os estados do Amapá e de Rondônia tiveram aumento expressivo na taxa de
registros: 30,49% e 50,56%, respectivamente. Em 2012, Rondônia ocupava a 25ª
posição, ascendeu à 15ª, assim como o Amapá, que ocupava a 12ª, chegou à sétima
posição.
No Nordeste, Alagoas
estava na oitava posição, no primeiro semestre no ano passado, e subiu à quarta
posição, em 2013. Para a SPM, as taxas dos atendimentos revelam a disseminação
da informação nos estados, seja por meio de campanhas de enfrentamento à
violência contra as mulheres ou por qualquer tipo de divulgação, fatores que
facilitam o acesso das vítimas ao serviço.
Pela primeira vez, a
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 atingiu 56% dos 5.566 municípios
brasileiros. Entre janeiro e junho de 2013, foram 306.201 registros, ampliando
para 3.364.633 o total de atendimentos, computados desde janeiro de 2006.
No Distrito Federal e em
17 estados, o serviço foi acionado por mais da metade de seus municípios. Entre
os estados, não considerando o Distrito Federal, o primeiro lugar ficou com o
Rio de Janeiro (83 das 92 cidades, com 90,22%), em seguida Espírito Santo (64
das 78 localidades, com 82,05%), e o Pará, onde foram feitas ligações de 113
dos 144 municípios, ou 79,02%.
Chamadas
“Esse levantamento
inédito, sobre a origem das chamadas, revela que o Ligue 180 é um serviço
conhecido por boa parte da sociedade brasileira, ao ponto de as vítimas ou
pessoas próximas a elas, em pequenas e grandes cidades, saberem onde encontrar
ajuda. Esse é um dos passos decisivos para enfrentar a violência, assegurar os
direitos das mulheres e o acesso delas às políticas públicas”, afirma a
ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.
De janeiro a junho, o Ligue
180 registrou 263 denúncias relacionadas a tráfico de pessoas, sendo 173 casos
internacionais e 90 no Brasil. Em 34%, havia risco de morte da vítima. Em
comparação com o primeiro semestre de 2012, houve aumento de 1.547%. No ano
passado, foram registrados 17 casos.
A deputada federal Elcione
Barbalho (PMDB), que é Procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados considera
o resultado positivo. “Quanto mais ampliarmos e divulgarmos o serviço de
atendimento à mulher pelo número 180, mais conhecimento a população passa a
ter. Significa que estamos alcançando o objetivo de fazer com que as mulheres
que sofrem algum tipo de violência busquem ajuda. Este resultado (mais de 306
mil ligações) representa um grande avanço. As mulheres estão perdendo o medo de
denunciar e sabem que podem contar com um importante instrumento de apoio”,
lembra.
Fonte: Diário do Pará
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