COMISSÃO DA AMAZÔNIA REALIZA VISTORIA NESTA QUINTA-FEIRA NO CANTEIRO DE BELO MONTE
Brasília/DF – Uma comissão
de deputados federais, membros da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e
Desenvolvimento Regional – CAINDR, da Câmara Federal, está nesta quinta-feira
(5) no canteiro da hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo erguida às margens
do rio Xingú, no Pará. Além de verificar o andamento da megaobra, a comissão
realiza audiência pública na Câmara Municipal de Altamira, cidade onde está
localizado o maior canteiro do empreendimento.
A justificativa da visita
dos membros da Comissão é a de verificar, in loco, o estágio atual da obra e
seu cronograma, assim como os impactos socioambientais da obra sobre a
população da região. Belo Monte foi planejada para gerar, no pico de sua
operação, cerca de 11 mil megawatts de potência, o que fará dela a maior usina
hidrelétrica inteiramente brasileira.
Para Arnaldo Jordy
(PPS/PA), a diligência a Belo Monte é de extrema importância, pois o que está
acontecendo em termos de impactos sejam ambientais, sociais e econômicos,
servirá para balizar os demais projetos de hidrelétricas na Amazônia, que
segundo o parlamentar, seriam 12. Ainda segundo o deputado paraense, “é
necessário compatibilizar o atual modelo de construção de grandes obras na
Amazônia, que não beneficia a população local de maneira alguma e ainda é
preterida em seus interesses”. Para ele, Belo Monte é um como um filme visto há
30 anos, com a construção da represa de Tucuruí, também no Pará, onde a energia
gerada não rende para o Pará nem um centavo sequer, pois nas atuais regras do ICMS
para o setor elétrico, o imposto é revertido para o Estado consumidor,
completou Jordy.
A controversa obra de Belo
Monte, já foi alvo de nada menos que 17 ações por parte do Ministério Público
Federal no Pará, a maioria por não cumprir os acordos de condicionantes
estabelecidos quando da assinatura dos contratos com as empreiteiras
responsáveis pela obra, tais como benefícios para educação, saúde, saneamento e
segurança pública, que minimizariam os impactos sociais de um fluxo migratório
de mais de 40 mil pessoas para os municípios da área de influência da
construção em apenas oito meses. Somente 21,6% destas condicionantes teriam
sido cumpridas até o momento, segundo o MPF, o que está gerando insatisfação
nas populações locais e nativas, como os ribeirinhos e os indígenas, que só nas
últimas semanas invadiram e paralisaram Belo Monte por duas vezes.
Segundo Jordy, todos os
indicadores de violência explodiram em Altamira, por conta do contingente
policial reduzido, que ainda por cima foi reduzido, como no caso da Polícia
Federal. Foram convidados para a audiência pública, que se iniciará às 15h,
representantes do Ministério de Minas e Energia, do Governo do Pará, do
Ministério Público Federal, da Associação de Municípios do Consórcio Belo
Monte, da Universidade Federal do Pará, da Prefeitura da Altamira, da Norte
Energia e do Comitê Xingú Vivo.
Fonte: Assessoria
de Comunicação - Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
Nenhum comentário:
Postar um comentário