FOLCLORE, LENDAS E TRADIÇÕES REGIONAIS

Cobra grande
O Brasil é rico em seu folclore, incluindo mitos, lendas e tradições regionais oriundas das culturas afro-descendentes, trazidas com os escravos e portuguesas de além-mar, dos povos indígenas e das raças surgidas da miscigenação étnicas, somadas aos medos e superstições da interação dos povos com os mistérios e o sobrenatural da floresta e dos rios desse nosso grandioso Brasil.
Baseados nesse rico acervo de tradições dos povos em suas respectivas regiões, surgiram os festivais culturais, como as festas populares, principalmente no Nordeste e Norte do Brasil. Falando especificamente da região amazônica, com os festivais de Parintins com os bois bumbás Garantido e Caprichoso; de Juruti, com as tribos indígenas Mundurukus e Muirapinima; de, Santarém (Alter do Chão), com os botos Tucuxi e Cor-de-Rosa e outros.
Proponho, então, para que os municípios de Óbidos e Alenquer, cidades ribeirinhas com suas importâncias históricas na colonização da Amazônia, explorem também seus ricos acervos culturais e, a exemplo das cidades que citei acima, comecem criar também seus próprios festivais, utilizando suas conhecidíssimas lendas.
Em Óbidos, do casal-irmão de “cobras grandes”, muito contadas de geração para geração, e em Alenquer, com as estórias de “grandes jacarés” que engoliram pescadores nos paranás de capins.
Então, está na hora da Secretaria de Cultura de Óbidos consolidar o “Festival das Cobras-Grande” ou “Festival das Anacondas”, quando anualmente, em data propícia, disputariam num “cobródomo” a performance cultural das alegorias e enredos temáticos da “Cobra-Norato” contra a sua irmã “Cobra-Caninana”, personagens de uma das lendas desse município.
Em Alenquer, o “Festival dos Jacarés”, num confronto folclórico do “Jacaré-Açu” contra o “Jacaré-Tinga” numa arena em forma de uma gigantesca Vitória Régia, chamada de “jacareódromo”. E com isso, enriqueceriam mais ainda a cultura da nossa enigmática e misteriosa região.
Essa sugestão é para que as atuais gestões públicas desses dois municípios comecem a trabalhar na implantação e consolidação de mais esses festivais regionais, escolhendo logo bons locais afastados das áreas urbanas para a construção do “cobródomo” e do “jacareódromo”, para que entrem também no calendário turístico da região como os “bois” de Parintins, “tribos indígenas” de Juruti, “botos” de Santarém (Alter do Chão) e, agora, as “cobras-grandes” ou “anacondas” de Óbidos, e os “jacarés, Açu e Tinga” de Alenquer, com cenas chocantes dessas feras engolindo animais de suas vastas cadeias alimentares e atraindo turistas “gringos” e “brasileiros” para visitarem nossa região.

Fonte/Imagem: David Marinho (santareno, é gestor ambiental), postado originalmente em jesocarneiro.com.br

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