FEIRA DO LIVRO MOVIMENTA R$ 15 MILHÕES E VENDE 840 MIL LIVROS
A XVII Feira Pan-Amazônica do Livro recebeu um público
de 404 mil pessoas, movimentando R$ 15 milhões com a venda de 840 mil livros
“Um
sucesso”. Foi assim que o secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves,
definiu a XVII Feira Pan-Amazônica do Livro. A mudança de semestre e as fortes
chuvas do período não impediram a superação das expectativas da Secretaria de
Estado de Cultura (Secult). O evento alcançou um público de 404 mil visitantes
em dez dias e movimentou R$ 15 milhões com a venda de 840 mil livros.
O governador Simão Jatene,
acompanhado da primeira-dama, Ana Jatene, foi ao encerramento da feira e falou
orgulhosamente que o povo paraense tem a capacidade de surpreender e se
superar. “Saber que os autores paraenses venderam quatro mil livros me
emocionou bastante, não somente pelo volume de negócios, mas pelo
reconhecimento da nossa linguagem, da nossa cultura e da nossa gente. Tenho
certeza que é assim que iremos construir uma sociedade melhor, com a
participação de todos, mas, sobretudo, com a crença de que tudo é possível se
tivermos um sonho coletivo”, valorizou.
“Parabéns não apenas ao
Governo do Pará, mas, sobretudo, ao povo, aos paraenses, que mais uma vez
demonstraram seu poder de superação. A Feira Pan-Amazônica do Livro já é um
patrimônio nosso”, definiu Simão Jatene. Idealizador do evento, Paulo Chaves
avaliou, durante coletiva de imprensa, mais uma edição da feira. “Buscamos a
cada ano organizar uma feira de cultura em que se tenha a valorização do livro.
Estamos invertendo um pouco o caráter inicial dela; antes, era uma Feira
Pan-Amazônica do Livro e agora é uma feira pan-amazônica da cultura”, disse.
Mudanças –
Para fugir do período chuvoso, o secretário anunciou que a 18ª edição ocorrerá
entre 30 de maio e 8 de junho de 2014. O país homenageado ainda não está
definido pela Secult, mas Paulo Chaves pediu, de forma democrática, que o
público pudesse ajudar a escolher.
“Em 2014, se comemora o
ano do Brasil na Alemanha e vice-versa, e por este motivo imaginamos que a
Alemanha poderia ser o país de destaque”, disse o secretário. “A parceria que
fizemos com o Imazon, com a presença dos jornalistas André Trigueiro e Sonha
Brigi, me despertou para nossos problemas socioambientais, e daí pensei em
escolhermos o planeta Terra como o homenageado. É uma forma de darmos voz à
Amazônia e possibilitar um encontro ecológico internacional no Pará”, lançou
Paulo Chaves.
A diretora de Cultura da
Secult, Ana Catarina Brito, lembrou que a programação literário-cultural do
Estado não terminou com a feira no Hangar, em Belém. “Estamos no período de
mobilização para fazer seis feiras pan-amazônicas no município. Este ano, serão
promovidas, no primeiro semestre, edições em Redenção e Ponta de Pedras, e no
segundo semestre, em Cametá, Altamira, Capanema e, possivelmente, em Tucuruí”,
anunciou.
Resultados –
Os expositores ficaram satisfeitos com o resultado da feira e a maioria já
garantiu presença ano que vem. O representante da Associação Brasileira de
Difusão de Livros (ABDF), Robério Silva, apresentou o ranking literário das
obras mais procuradas e falou das vendas dos livros paraenses.
“Estamos felizes com o
movimento que a feira nos proporcionou este ano. Fizemos um levantamento das
literaturas mais procuradas e identificamos as fantásticas, seguidas por
romance, livros acadêmicos, infanto-juvenis, leitura para vestibular e obras de
autores paraenses, as quais tiveram um acréscimo de 80% este ano”, enumerou
Robério Silva.
Leitores assíduos
compareceram à feira do primeiro ao último dia. Foi o caso da professora de
jornalismo e publicidade Viviane Mena Barreto. Para ela, mais que um evento
cultural rico ao Estado, o evento se tornou um local de encontro entre amigos.
“É um momento de reencontro entre pessoas que amam livros e ideias, e aqui pude
rever inúmeros amigos. Aproveitei muito todas as palestras, exposições e,
principalmente as apresentações relacionadas aos povos indígenas da região do
Xingu. No total. foi um sucesso. e mais uma vez está, sim, de parabéns”,
avaliou a visitante.
Este ano, mais de 500
editoras nacionais e regionais – 50 a mais que na edição passada – participaram
da feira. Destas, 15 eram especializadas em quadrinhos e mangás. As editoras
religiosas também superaram as expectativas. Entre os convidados,
personalidades como Ignácio de Loyola Brandão, Tony Bellotto, Cristóvão Tezza,
Affonso Romano de Sant'Anna, Ronaldo Fraga e Ziraldo, entre outros.
Representantes de onze
países estiveram na feira. Foram expositores do Peru, com os Menores Livros do
Mundo; Estados Unidos e Inglaterra, com Queen Books; Argentina, Espanha, México
e Venezuela; Equador, Guiana Francesa, Espanha e França.
Fonte/Foto:
Agência Pará - Cora Coralina – Secom
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