PARÁ E MATO GROSSO PLANEJAM FERROVIA DE R$ 3 BILHÕES
Novo modal de transporte é para escoar produção das
regiões Norte e Centro-Oeste. Trajeto ainda está em discussão.
Os governos estaduais do
Pará e Mato Grosso estudam construir uma ferrovia com aproximadamente 1,6 mil
quilômetros de extensão para unir as regiões Norte e Centro-oeste. O novo modal
de transporte servirá como canal de escoamento de produção e deve baratear o
custo logístico nesta área do Brasil. A ferrovia está orçada em mais de R$ 3
bilhões.
A construção da ferrovia esteve em discussão
nesta quarta-feira (24), pelo governador do Pará, Simão Jatene, e os
presidentes da Assembleia Legislativa do Pará, Márcio Miranda, e da casa
legislativa do Mato Grosso, José Geraldo Riva. O encontro aconteceu para traçar
novos encaminhamentos para o projeto. A proposta inicial, apresentada pela
comitiva mato-grossense, é que a ferrovia partisse do município de Água Boa, em
Mato Grosso, e chegasse até Barcarena, no nordeste do Pará. A ferrovia estaria
paralela às rodovias BR-158, PA-150, BR-222 e BR-010.
Há possibilidade da
ferrovia partir do Mato Grosso até Marabá, no sudeste paraense. “Essa
alternativa reduziria os custos iniciais em cerca de um terço”, contabilizou o
governador do Pará, para logo em seguida propor a discussão de uma Parceria
Público-Privada (PPP), com o Pará e Mato Grosso bancando, se necessário, a
maior parte dos recursos. A ligação com o nordeste paraense seria viabilizada
com a construção de duas pernas, uma até Barcarena, e outra até o porto de
Espadarte, em Curuçá.
Os dois estados
trabalharão, a partir de agora, para avançar como o estudo de viabilidade, o
projeto básico, a discussão do melhor traçado e a forma de implantá-lo.
“Estarei em contato com governador do Mato Grosso [Sinval Barbosa], que é nosso
amigo com experiências positivas de articulação, para discutirmos como será
feita essa consultoria. Agora é arregaçarmos as mangas e nos darmos a mãos para
avançarmos nesse projeto”, afirmou Jatene.
Miranda informou que
agendará uma sessão especial na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e que
depois o mesmo será feito no Pará. “Precisamos vender essa ideia, não só para
os investidores, como também para os demais parlamentares, o setor produtivo e
toda a sociedade. Provavelmente isso vai custar, no mínimo, um bilhão de cada
Estado”, disse.
Fonte/Foto: Portal
Amazônia/ Shutterstock - Reprodução
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