BAILARINO DO AMAZONAS DESENVOLVE TRABALHO SOCIAL NA PERIFERIA DE MANAUS



Integrante do Balé Folclórico do Amazonas, Wilson Júnior, aposta na formação artística e dá aulas gratuitas em Manaus.
“A arte é um agente transformador”. É com essa convicção que o bailarino com sete anos de Balé Folclórico do Amazonas, Wilson Júnior, coordena o projeto “Artes sem Fronteiras”. Há mais de cinco anos, ele foca em comunidades da periferia de Manaus. A intenção dele é levar para crianças, jovens e adultos, aulas de balé clássico, jazz e dança contemporânea. E tudo gratuito.
O trabalho começou para oferecer formação artística de qualidade a pessoas que não tinham acesso a este tipo de cultura. Segundo o idealizador do projeto e professor, antes das aulas nas comunidades, a maioria desses serviços era encontrada apenas em academias de artes. “Existia projetos do Governo do Estado, mas não chegavam às áreas mais distantes da região central da capital”, justificou Júnior.
Sempre com aulas sem custo para os alunos, o bailarino precisou de apoio de diversas instituições para trabalhar. Por quatro anos, ele desenvolveu o projeto na Escola Estadual Professor Ruy Alencar, localizada no bairro Nova Cidade, zona Norte da cidade. Na unidade de ensino, ele teve a quadra cedida pela diretora para capacitar os alunos. Depois de uma temporada ensinando arte na quadra deste colégio, ele passou a fazer o projeto em um salão de congregações da Igreja Católica, no bairro Dom Pedro, zona Centro-oeste de Manaus. Apesar da ajuda, Júnior não recebe nenhum apoio financeiro, apenas estrutural.
“Desenvolvemos o trabalho aos sábados e domingos. E não temos feriado. Além disso, trabalhamos com dois espetáculos ao ano, então o empenho dos envolvidos é fundamental. Quando um aluno ingressa, conversamos com os pais para mostrar a nossa situação. Na produção das apresentações, pedimos apoio de diversos parceiros, e mesmo quando não é o suficiente, tiro do meu próprio bolso”, confessou.
Ensinar a dançar não é a única preocupação do bailarino. Para Wilson Júnior, a dança deixa as pessoas mais sensíveis e incentiva o cuidado com o próximo. Por esta opinião, o coordenador conta com outro tipo de incentivo. Durante as semanas, ele reserva um dia para palestras com psicólogos e representantes religiosos. “Minha intenção sempre foi atuar em zonas de risco social. Por isso, queremos garantir a integridade de cada um”, explicou.
Inscrições
O projeto “Artes sem Fronteiras” é realizado todos os sábados de 8h às 12h, enquanto nos domingos o horário é de 13h às 17h. Os trabalhos são realizados na Rua Nova Esperança, na Igreja da Comunidade Santa Terezinha, próximo à Fundação Centro de Controle de Oncologia, no bairro Dom Pedro. Para cadastrar-se é preciso ter mais de 14 anos de idade e apresentar Registro Geral (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF). Menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis legais. As seleções de 2013 serão realizadas até o final de maio.
Fonte/Fotos: portalamazonia.com.br/J.J. Soares – Marcelo Rebouças

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