BARCO QUE NAUFRAGOU ESTAVA PROIBIDO DE NAVEGAR
A Marinha do Brasil informou que a embarcação “Iate
Leão do Norte”, que naufragou nas proximidades do município de Cachoeira do
Arari, na Ilha do Marajó, estava proibida de navegar desde 12 de julho de 2011.
De acordo com a Marinha, o
barco possui “12 discrepâncias relacionadas a segurança e a navegabilidade,
sendo que quatro delas impediam o seu tráfego até que fossem sanadas”.
A Marinha informou ainda
que Luís Inácio Lima, que comandava a embarcação, não possui habilitação para
conduzi-la.
O naufrágio do barco “Leão
do Norte”, na madrugada de quinta-feira (19) e que resultou na morte de 13
pessoas confirmadas até o momento, expôs um problema crônico dos rios que
circulam na região amazônica: a falta de segurança das embarcações.
Superlotação, falta de
fiscalização e descaso são lugares-comuns para descrever a situação. Segundo a
Capitania dos Portos, cerca de 30 mil barcos clandestinos navegam diariamente
na Amazônia, a maioria nos estados do Pará e Amazonas.
Ainda de acordo com a
Capitania, o Pará deve ter cerca de 20 mil embarcações não inscritas. Outras 80
mil embarcações, aproximadamente, são licenciadas, de acordo com estimativa da
capitania.
O “Leão do Norte”
transportava cerca de 60 passageiros, mas o comandante do barco, Luís Inácio
Lima, disse que na viagem havia 49 pessoas, quando o número de vagas era de
apenas 25.
OUTROS CASOS
Acidentes como o do “Leão
do Norte” de volta à lembrança o maior naufrágio da história amazônica, em
1981, quando 430 pessoas se afogaram após o barco Novo Amapá afundar por
superlotação, na baía de Marajó.
Em 2002, o barco Dom Luiz
15-1º, naufragou com pelo menos 365 pessoas a bordo, próximo ao porto de Vila
do Conde, em Barcarena. No acidente, 44 pessoas morreram; e 16 foram consideradas
desaparecidas. O barco tinha capacidade para 140 pessoas.
Em 2009, outra embarcação
naufragou no rio Amazonas. A embarcação tinha mais de 100 pessoas a bordo,
bateu em um banco de areia e tombou próximo a uma localidade conhecida como
Farol do Peregrino, no trecho entre os municípios de Prainha e Monte Alegre.
Duas crianças morreram,
vítimas de um naufrágio em 2010, no rio Araguaia, em Conceição do Araguaia. A
embarcação virou após bater numa pedra, durante a procissão fluvial em
homenagem à Nossa Senhora da Conceição. O barco tinha capacidade para 40
pessoas, mas na hora do acidente havia mais de 60 passageiros.
Fonte/Foto:
Antônio Santos/DOL
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