CAMPANHA ELEITORAL TERMINA EM MORTE NO PARÁ
Justiça Eleitoral proibiu manifestação
política na cidade.
Após
a morte de um lavrador na noite da última quinta-feira (27) durante uma
passeata na cidade de Nova Esperança do Piriá, no nordeste do Pará, a Justiça
Eleitoral decidiu nesta sexta-feira (28) proibir manifestações políticas no município
até as eleições marcadas para o próximo dia 7 de outubro. Coligações que
disputam prefeitura local repudiaram o crime, mas pretendem recorrer da
decisão.
A
cidade que fica a 300 km de Belém teve o policiamento reforçado. De acordo com
a Polícia Civil, equipes de cidades vizinhas foram deslocadas para o município
a fim de garantir o cumprimento da decisão judicial e a segurança em Nova
Esperança.
O
Ministério Público pediu que a decisão seja mantida até as eleições, mas as
coligações que disputam a Prefeitura de Nova Esperança do Piriá pretendem
recorrer da decisão.
Entenda o caso
Na
noite desta quinta-feira (27), militantes de uma das duas coligações que
disputam a Prefeitura da cidade realizavam passeata pelas ruas e, segundo
testemunhas, estavam fazendo uma espécie de arrastão, já que retiravam
bandeiras e cartazes dos demais candidatos.
O
lavrador, Sebastião Pereira da Silva, de 39 anos, estava em frente de casa
quando impediu que a bandeira do PSDB fosse retirada do local e substituída por
uma do PT, quando passou a discutir com os militantes que participavam da
caminhada. Um deles estava armado com uma faca e feriu o lavrador duas vezes no
peito. A vítima morreu na hora.
A
Polícia Civil de Nova Esperança do Piriá informou que já solicitou a prisão do
suspeito do crime, que está foragido. "Ele foi identificado desde o
momento do crime. É uma pessoa que já tem ficha e já pedimos a prisão
preventiva dele. O Juiz deve decretar a prisão no máximo até este sábado e as
buscas por ele continuam", assegura Otto Henrique Dias, delegado que
investiga o caso.
As
coligações partidárias repudiaram o crime. "Ficamos preocupados porque não
é o primeiro acontecimento de violência", afirma Marciel Santos, da
coligação Nova Esperança. "Não compactuamos com isso de forma alguma e
estamos sem saber direito o que está acontecendo. Vamos esperar a autoridade
policial averiguar os fatos", conta Bruno Eiceira, da Coligação Unidos
pelo Progresso.
"Uma
pessoa matar um ser humano como aconteceu, nesse crime ai, e ficar impune não
está certo!", questiona o pai da vítima, Raimundo Silva.
Fonte/Foto: G1 Pará/Reprodução
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