CÂNCER DE MAMA É O SEGUNDO MAIS INCIDENTE ENTRE AS MULHERES NO PARÁ
Na maioria dos casos, doença é diagnosticada em estágios
avançados.
Reconstrução mamária ajuda na autoestima de mulheres com câncer.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva
(INCA), o câncer de mama é a neoplasia que mais atinge mulheres no Brasil,
cerca de 52.680 novos casos de câncer de mama devem ser registrados em todo o
país, somente em 2012. No Pará, o câncer de mama é o segundo mais incidente
entre as mulheres, atrás apenas do câncer de colo de útero. O INCA estima 740
novos casos deste tipo de câncer no Estado para este ano, sendo mais da metade
destes registros só em Belém.
O impacto de um diagnóstico de câncer de mama é traumático para
uma mulher, que corre o risco de perder a mama, símbolo de sua beleza e
sexualidade. Além da angústia de ter uma doença envolta em muitos mitos, a
mulher precisa lidar ainda com a sua autoestima. Essa realidade ainda é muito
comum, mas começa a mudar com o avanço das novas tecnologias para diagnóstico e
tratamento do câncer, as novas terapêuticas e, com informação.
As taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas,
principalmente porque na maioria dos casos a doença ainda é diagnosticada em
estágios avançados.
Segundo o Dr. Guilherme Novita, mastologista, professor da
Universidade de São Paulo (USP), que esteve recentemente em Belém participando
do I Simpósio de Oncologia do Hospital Saúde da Mulher, a doença é silenciosa,
sendo detectada apenas por mamografia. Segundo o médico, sintoma mais frequente
é o nódulo de mama, principalmente em mulheres com mais de 40 anos. Ele afirma
que a detecção precoce do câncer de mama é a melhor arma no combate ao câncer
de mama.
Reconstrução mamária
Após o diagnóstico e a identificação do tumor, a paciente pode ser
submetida à tratamento cirúrgico. Em geral, quando a doença é diagnosticada
tardiamente, as mulheres com tumores avançados são submetidas à mastectomia,
uma cirurgia que retira toda a glândula mamária para o tratamento do câncer.
Nos casos de tumores em estágio inicial, a cirurgia conservadora da mama é
sempre a opção mais utilizada.
Em alguns casos de mastectomia, os médicos podem avaliar a
possibilidade de fazer a reconstrução da mama. A cautela existe porque a reconstrução
mamária aumenta a complexidade e o tempo de cirurgia, o que acresce o risco de
complicações.
A cirurgia de reconstrução mamária pode ser feita com tecidos da
própria paciente ou tecidos artificiais, os implantes. Para o mastologista, a
escolha da melhor reconstrução depende de cada caso e deve ser feita
individualmente.
O resultado dessa cirurgia tem reflexos físicos e psicológicos nas
pacientes. Segundo o Dr. Guilherme Novita, as mulheres que passam pela
reconstrução apresentam melhor resultado psicológico.
A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que as mulheres
realizem uma mamografia anual a partir dos 40 anos ou a partir dos 35 anos,
quando pertencente ao grupo de alto risco.
Fonte:
G1 PA
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