ALTO RISCO PARA FEBRE AFTOSA AMEAÇA GADO BOVINO EM PARINTINS, NO AMAZONAS

Cheia em Parintins limitou espaço para pastagem dos bois no município.

O rebanho paraense soma hoje mais de 20 milhões de cabeças de gado, enquanto o Amazonas contabiliza um rebanho de pouco mais de 1,2 milhão de cabeças.
Mil e quinhentas cabeças de gado bovino e bubalino do espólio da família do falecido empresário paraense Paulo Correa estão confinadas em três fazendas da várzea parintinense e ameaçadas de morte, à espera de autorização de trânsito para cidades do estado do Pará.
A diferença de status sanitário animal entre Pará e Amazonas é indicada como principal entrave para que técnicos da Vigilância Sanitária autorizem a entrada do rebanho em território paraense. De acordo com reportagem do jornalista Floriano Lins, publicada na edição de sábado do jornal Plantão Popular, de Parintins (município a 369 quilômetros a leste de Manaus).
De acordo com a reportagem, os veterinários Hermes Pessoa, do Ministério da Agricultura, e Mara Ferreira, da Comissão Permanente de Defesa Animal e Vegetal (Codesav), realizaram na última quinta-feira a segunda vistoria nas três propriedades onde os animais estão ilhados sem espaço para buscarem pastagem.
A escassez de alimentos que se dá por conta da enchente que atinge a região levou alguns animais à morte e os técnicos temem por um impacto ambiental desastroso para a região em caso de mortandade sem controle sanitário.
Barreira
Ainda segundo a reportagem, a barreira sanitária instalada pelo Estado do Pará para controlar a entrada de animais oriundos do Amazonas recusa a entrada do rebanho sem que se cumpra uma quarentena obrigatória para casos de trânsito entre diferentes níveis de classificação de risco para a febre aftosa. Desde o ano passado, o Pará detém o status de médio risco, enquanto o Amazonas ficou com o status de alto risco.
A veterinária Mara Ferreira diz que “os animais são sadios, vacinados, mas estão perdendo peso e alguns já morreram”.
O produtor, Marcos Correa, filho do empresário Paulo Correa, disse estar se sentindo prejudicado, porque até ano passado não havia diferença de status de risco entre os municípios em questão.
Já o veterinário Hermes Pessoa considera que “o Pará está preservando a sua agropecuária, zelando pelos seus produtores”, e reconhece que “o Estado do Amazonas precisa urgentemente melhorar a sua classificação de risco de febre aftosa”.
Fonte/Foto: portal@d24am.com/Codesav - reprodução

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