FEBRE AMARELA VOLTA A ASSUSTAR. PARÁ REGISTROU ÓBITOS DE PESSOAS E MACACOS EM 2017



A Febre Amarela volta a assustar os brasileiros, com uma série de casos e mortes relatadas da doença no Sudeste do País, e a corrida da população para se vacinar nos postos de saúde. Minas Gerais teve 15 mortes entre julho de 2017 e janeiro deste ano. São Paulo foi considerado área de risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com 20 óbitos no mesmo período. Já no Rio de Janeiro, um adolescente de 17 anos morreu na tarde de ontem (17), com os sintomas da doença.
Em Belém, não foram registrados casos da doença este ano, mas em 2017 houve 9 casos em seres humanos, com 5 falecimentos, em Alenquer, Monte Alegre, Juruti, Óbidos e Aveiro. Houve ainda, no ano passado, 20 casos de macacos mortos com a enfermidade em municípios como Rurópolis, Santarém e Belém (no Parque do Utinga).
A febre amarela é uma doença que pode ser evitada graças à aplicação de vacina, mas muitos moradores da capital paraense ainda não se imunizaram. A empresária Ana Caroline Borges, de 23 anos, mora ao lado de um posto de Saúde, mas conta que ela e a família não se vacinaram. “Acho que falta uma campanha de mobilização nas casas, porque até que a gente vê na televisão, mas não se dá conta que pode pegar a doença”, opina. Diferente da jovem, a doméstica Maria Célia Ferreira, de 58 anos, garante que ela e mais oito pessoas que moram na sua casa estão imunizadas. “Assim que a gente ficou sabendo da doença no ano passado, todo mundo foi vacinado”, conta a moradora da passagem do Cruzeiro, no Utinga, local onde um primata contaminado foi relatado.
VACINAÇÃO
A recomendação do Ministério da Saúde (MS) é que todos os que moram na Região Norte, por ser área endêmica, se imunizem. Mas a supervisora de obras, Silvia Gonçalves, 48 anos, não acredita nesse risco de contaminação, já que o lugar onde mora não teve incidência de casos. “Moro no bairro do Reduto e, por isso, não achei necessário vacinar. Apenas cuidamos da casa para não proliferarem os mosquitos”, diz a mulher que trabalha no bairro do Curió-Utinga.
Para quem vai viajar para áreas com risco de transmissão de febre amarela, como matas e zonas rurais, a recomendação é se imunizar com pelo menos 10 dias de antecedência. A vacinação pode ser aplicada a partir dos 9 meses de idade e é válida por 10 anos. A vacina é contraindicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo. A vacina é gratuita e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), está disponível nas unidades básicas de Saúde em qualquer época do ano.
A Sespa, por meio de nota, informa que o Pará, assim como os demais Estados da Região Norte, não adota o esquema fracionado de vacinação contra a doença por estar em área endêmica, ou seja, de intensas matas. Essa medida é adotada pelo Ministério da Saúde em outras regiões devido a ocasiões específicas, tal como ocorre atualmente nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Diferente da habitual, a dose fracionada não protege durante 10 anos.
A FEBRE AMARELA
Os sintomas mais comuns da Febre Amarela são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.

Fonte/Foto: Ministério da Saúde/Ricardo Amanajás

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