ELEIÇÃO À VISTA
- por Lúcio Flávio Pinto
O Liberal acusa o Diário
do Pará de não ter descido do palanque e não absorver a derrota de outubro. É
verdade. Mas é verdade também que ambos e muitos mais, aboletados em vários
esquemas de poder, estão emendando uma campanha na outra. A meta já está sendo
visada: é a eleição municipal de 2016.
O principal troféu,
naturalmente, é a prefeitura de Belém. O prefeito Zenaldo Coutinho é candidato
natural à reeleição. Mas o PSDB poderá não estar unido para reconhecer essa
preferência. Certamente haverá nomes da oposição se achando em condições de
confrontar o alcaide. Daí que as alianças já estão sendo costuradas.
No interior, que ficou
cindido pela eleição deste ano, a liderança do governador Simão Jatene será
ameaçada, principalmente nas regiões oeste e sul do Estado. Além de renovar os
acordos atuais, ele terá que buscar apoios novos.
Os acertos já estão em
curso, como provam duas notas publicadas na semana passada pelo Repórter 70, de
O Liberal. Embora apareçam separadas, elas se combinam. Numa delas é dito que a
próxima vaga de desembargador, que caberá à OAB indicar, sujeita a sanção do
governador, “será disputada, pela primeira vez, por um candidato do interior: o
advogado santareno José Ronaldo Campos, com 30 anos de carreira”.
Outra nota mais abaixo
informa que Ronaldo Campos, ex-deputado e ex-prefeito de Santarém, fundador do
PMDB no Baixo Amazonas, saiu do partido “por não concordar com os adesistas”.
Ao se desfiliar, ele disse, em carta, que votou nos dois turnos da última
eleição em Simão Jatene “por considerar ser o melhor nome para governar o
Pará”.
Ronaldo Campos é cunhado
do José Ronaldo Dias Campos que pretende ser o primeiro candidato do interior a
chegar ao posto mais alto do poder judiciário estadual.
Fonte:
lucioflaviopinto.wordpress.com
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