MORAES AOS EUA: ‘BRASIL DEIXOU DE SER COLÔNIA EM 1822 ’



 Em reação às críticas do Departamento de Estado americano às multas e bloqueios determinados pelo Supremo Tribunal Federal a redes sociais, o ministro Alexandre de Moraes defendeu a soberania do Brasil e se posicionou contra o “imperialismo”. “Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e com coragem estamos construindo uma república independente e cada vez melhor”, afirmou o magistrado em sessão da Corte, acrescentando que todos os países-membros da ONU têm o compromisso de agir “sem discriminação, sem coação ou hierarquia entre estados, com respeito à autodeterminação dos povos e igualdade entre os países”. Ele disse ainda que as nações seguem unidas na “luta contra o fascismo, contra o nazismo e contra o imperialismo em todas as suas formas, seja presencial, seja virtual”. (Estadão)

Então... O ministro cometeu um erro comum. O Brasil deixou de ser colônia em 16 de dezembro de 1815, quando foi elevado a Reino Unido com Portugal e Algarves. (Biblioteca Nacional)
Moraes agradeceu ao ministro Flávio Dino pela mensagem divulgada mais cedo, dizendo que o magistrado é um “exemplo de coragem e luta por independência e autodeterminação do povo brasileiro e defesa da cidadania”. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, também saiu em defesa do colega, dizendo que o tribunal “continuará a cumprir o seu papel de guardião da Constituição e da democracia”. Na quarta-feira, o Departamento de Estado afirmou que “bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”. As palavras foram recebidas no STF como um ataque institucional. E o Itamaraty respondeu dizendo que o governo brasileiro soube da manifestação americana “com surpresa” e que “rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais”. (g1)
Parlamentares da oposição criticaram a nota do Itamaraty, enquanto governistas a defenderam. “Caminhamos a passos largos rumo a uma crise diplomática com sérias consequências para nossa economia. Não me parece razoável comprar uma briga desse tamanho com os EUA”, afirmou o líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS). Para aliados do governo, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria influenciado o posicionamento crítico às decisões de Moraes. E o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), acionou a Procuradoria-Geral da República para pedir uma investigação criminal e a cassação do passaporte diplomático do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. (CNN Brasil)

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