MAS, ENFIM, O QUE É O AMOR?



 Fizeram-nos acreditar que o amor é um evento único, um furacão que passa apenas uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Mas o que nunca nos contaram é que o amor não obedece relógios, não se dobra ao tempo, nem se precipita diante da espera. O amor é intempestivo, nasce quando quer, onde menos esperamos, e cresce mesmo nas brechas mais improváveis.

Fizeram-nos crer que éramos metades — partes de uma laranja mutilada — à procura de outra metade para nos completar. Mas a verdade é outra: nascemos inteiros. Carregamos em nós luzes e sombras, forças e falhas. E ninguém, absolutamente ninguém, deve carregar o peso de preencher nossas lacunas ou consertar nossas imperfeições. O amor não é sobre dependência; é sobre soma.
Amar é encontro. Encontro de dois inteiros, que crescem, que transbordam e que aprendem juntos. Se, por sorte ou destino, caminharmos ao lado de almas generosas e luminosas, então o caminho se torna mais leve, o chão mais firme e os dias mais suaves.
Porque o amor verdadeiro não é prisão nem salvação. É liberdade compartilhada. É crescer juntos, sem perder a própria essência.

— John Lennon

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