VETO DO BRASIL À ENTRADA DA VENEZUELA NO BRICS É "AGRESSÃO"



O veto do Brasil nos bastidores à entrada da Venezuela no Brics “constitui uma agressão” e um “gesto hostil”, afirmou o governo de Nicolás Maduro em comunicado divulgado por seu ministro das Relações Exteriores, Yván Gil Pinto, após a cúpula dos países emergentes, encerrada ontem na Rússia. Para Caracas, o movimento da diplomacia brasileira “contraria a natureza e postulado do Brics” ao manter o afastamento que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aplicou ao país no bloco. O Brasil, diz a mensagem, reproduz “o ódio, a exclusão e a intolerância promovida desde os centros de poder ocidentais para impedir, por enquanto, a entrada da Pátria de Bolívar na organização”. Jamil Chade conta que pessoas do governo brasileiro receberam a declaração com preocupação, pois o objetivo é que o país siga como interlocutor entre a oposição e o regime chavista. Oficialmente, o governo do presidente Lula não comenta as declarações. (UOL)

Ao ser questionado sobre a entrada venezuelana no Brics, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, expôs sua insatisfação e disse que as posições de Moscou “não coincidem com as do Brasil”. Além disso, disse acreditar que Maduro ganhou as eleições. Durante a cúpula, o Brasil deixou claro que é a favor de definir melhor os critérios para decidir quais países poderão entrar como parceiros do bloco. (g1)
Matheus Leitão: “O Brasil é o fiador do acordo de Barbados, onde a Venezuela se comprometeu a realizar uma eleição transparente e a permitir a fiscalização internacional do pleito, mas não cumpriu nem uma coisa nem outra. Não fez uma eleição transparente. Foi o contrário: roubou a eleição e não permitiu a atuação de observadores internacionais. (...) O líder do regime chavista se materializou em Moscou — ninguém sabia de sua participação — para o encontro do grupo econômico. Não há segredo. Foi lá pressionar. Que o presidente Lula mantenha-se firme diante de mais uma fraude eleitoral de Maduro perante o mundo”. (Veja)
Enquanto isso... Líderes da oposição venezuelana, María Corina Machado e Edmundo González Urrutia receberam ontem da União Europeia o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, máxima distinção do bloco em relação aos direitos humanos. “Eles defenderam sem medo valores que milhões de venezuelanos e nós estimamos: justiça, democracia e Estado de direito”, disse Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu. (Valor)

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