Os pedidos da comunidade internacional para que Israel evitasse uma escalada da violência no Oriente Médio não surtiram efeito. Os militares israelenses anunciaram na noite de ontem, 2h de hoje no horário local, o início de uma “operação terrestre limitada” no Sul do Líbano. Autoridades israelenses afirmaram que não haverá ocupação de longo prazo, mas se recusaram a definir um cronograma. Pouco antes, o Gabinete de Segurança Nacional de Israel aprovou a “próxima fase” da guerra contra o Hezbollah, enquanto a Força Aérea bombardeava mais uma vez os subúrbios ao sul de Beirute. Pelo menos 95 pessoas morreram nos ataques de ontem, que também atingiram a capital, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. Ao longo do dia, o Departamento de Estado dos EUA já havia relatado ter sido informado por Israel sobre a ocorrência de “uma série de operações”, inclusive terrestres. Já o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, sinalizando que a invasão terrestre era iminente, antecipou que usaria “todas as capacidades” disponíveis contra a milícia xiita libanesa. (CNN)
E o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, deixou claro ontem que seu objetivo final no tabuleiro de poder regional é minar a força do Irã, que financia, treina e protege o Hamas e o Hezbollah. Em discurso em inglês, ele prometeu ao “nobre povo persa” que o dia em que estará livre de um governo de “tiranos” e poderá ter paz com Israel chegará “muito mais cedo do que as pessoas pensam”. “Não há lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar”, ameaçou. (Politico)
Antes de Israel confirmar a invasão terrestre, o Pentágono anunciou que, se necessário, os EUA vão enviar “alguns milhares” de soldados ao Oriente Médio para reforçar a segurança e defender Israel. Com as forças adicionais, o número total de tropas americanas na região pode subir a até 43 mil. Também serão enviados caças. (Los Angeles Times)
Já o presidente Lula decidiu ontem iniciar a operação de resgate dos brasileiros que vivem no Líbano. Os trabalhos repatriação da Força Aérea Brasileira devem começar nos próximos dias, provavelmente no fim de semana. O governo estima que 3 mil brasileiros voltem ao país, conta Kennedy Alencar. (UOL)
No México, onde está para a posse da presidente Claudia Sheinbaum, Lula condenou os ataques de Israel e afirmou que há uma “chacina” em curso na Faixa de Gaza. Ele afirmou que o governo de Netanyahu está “atacando e matando pessoas inocentes” na tentativa de atingir o Hezbollah e o Hamas. “A guerra é a prova da incapacidade civilizatória do cidadão, que acha que ele pode, na explicação de que ele precisa se vingar de um ataque, fazer matança desnecessária com pessoas que não tem nem como se defender.” (Poder360)
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