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MERCADO FINANCEIRO
 
Decisões recentes da montadora e da gigante do streaming mostraram-se rentáveis. Por aqui, Ibovespa descola de Nova York e cai novamente: -0,25%.
 
 
Por Júlia Moura
 
 
Assim que as bolsas fecharam nesta quarta-feira, Netflix (NFLX34) e Tesla (TSLA34) divulgaram seus números referentes ao segundo trimestre deste ano. E, ambas as companhias se deram bem com mudanças ao consumidor que implementaram no período.
 
Barrar o compartilhamento de senhas provou-se uma medida eficaz para a Netflix. A gigante do streaming divulgou em seu balanço que ganhou 5,9 milhões de assinantes no segundo trimestre, quando impôs a nova regra em mais de 100 países.
 
Com isso, ela teve um lucro maior do que o previsto, de US$ 1,49 bilhão, crescimento de 6% em relação ao ano passado. Já a receita ficou levemente abaixo das projeções da companhia, em US$ 8,2 bilhões, uma alta anual de 3%.
 
De qualquer forma, nada parece ter empolgado. Após a divulgação do balanço, as ações da companhia passaram a cair 5% no after market de NY.
 
Tesla
A montadora de carros elétricos lucrou US$ 2,7 bilhões no 2T23, uma alta de 20% em relação ao mesmo intervalo de 2022. A receita superou as estimativas e somou US$ 24,93 bilhões, um recorde para a companhia de Elon Musk.
 
Mas nem tudo são flores. Os resultados vieram às custas de uma redução na margem de lucro, com descontos nos carros diante de uma demanda menor. A margem operacional do período ficou em 9,6% e a bruta, em 18,2%, ambas as menores registradas em mais de um ano.
 
As duas companhias ilustram bem como tem sido esta temporada de balanços nos Estados Unidos. Das 38 das empresas do S&P 500 que já divulgaram seus resultados, 82% superaram as expectativas, segundo a empresa de análise de dados FactSet. Uma das exceções foi o Goldman Sachs, com queda de 58% no lucro.
 
Mas o fato é que os bons números da montadora de Elon não surtiram grande efeito: alta de apenas 0,3% no after market.
 
No horário normal de negociações, a expectativa positiva pelos balanços também não ajudou o S&P 500, que fechou em leve alta 0,24%. Agora, ao Ibovespa.
 
Gás mais barato
A Petrobras (PETR4) anunciou que vai reduzir o preço do gás natural em 7,1% no dia 1º de agosto. Com este corte, a queda neste ano soma 25%.
 
A estatal tem reduzido consistentemente o preço dos seus produtos, de acordo com as diretrizes do governo. O problema é que os valores estão defasados em relação ao mercado internacional e devem afetar os resultados da companhia.
 
Apesar da redução no gás, PETR4 fechou em alta de 0,94%.
 
Mas não bastou para segurar o Ibovespa. A Vale, o outro membro do casal maior do índice, caiu 0,27%. E o Ibov terminou em queda de 0,25%. Outro papel que não deixou o índice acompanhar a leve alta das bolsas americanas foi o do Itaú (ITUB4), que recuou- 1,06%.
 
GPA (PCAR3): -4,62%
O GPA (Grupo Pão de Açúcar) esteve entre as maiores quedas, com uma desvalorização de 4,62%. O movimento reflete a expectativa do mercado de que a venda da participação de 51% do grupo na varejista colombiana Éxito não deve rolar.
 
A mais recente oferta do bancário colombiano Jaime Gilinski, de US$ 586,5 milhões por esse naco, segue abaixo do valor de mercado da Éxito na bolsa da Colômbia, onde ela está listada.
 
No momento, o preço somado de todas as ações da empresa é de US$ 1,3 bilhão, e a proposta de Gilinski precifica a companhia em US$ 1,15 bilhão. Taí um desconto que o Pão de Açúcar provavelmente não vai dar.
 
Até amanhã!
 
 
MAIORES ALTAS
WEG (WEGE3): 5,48%
Cielo (CIEL3): 2,58%
3R Petroleum (RRRP3): 2,24%
PetroRio (PRIO3): 2,22%
Natura (NTCO3): 2,18%
 
MAIORES BAIXAS
Alpargatas (ALPA4): -7,66%
GPA (PCAR3): -4,62%
Meliuz (CASH3): -4,27%
Locaweb (LWSA3): -4,07%
Brasekm (BRKM5): -3,40%
 
Ibovespa: -0,25%, aos 117.552 pontos

Em Nova York:
Dow Jones: 0,31%, a 35.061 pontos
S&P 500: 0,24%, a 4.566 pontos
Nasdaq: 0,03%, a 14.358 pontos
 
Dólar: -0,48%, a R$ 4,7857
 
Petróleo
Brent: -0,21%, a US$ 79,46 por barril
WTI: -0,49%, a US$ 75,29 por barril
 
Minério de ferro: -0,60%, a US$ 115,50 por tonelada na bolsa de Dalian

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